ACONTECEU

Chegou para ser atendido na Santa Casa, já nas últimas, o jovem Padre João Baptista da Carvalho. Faleceu horas depois. Vigário de Maria da Fé, foi abatido a tiros, dentro da Igreja Matriz da tranquila cidade vizinha.

O crime abalou todo o Sul de Minas.

Aconteceu, segundo Armelim Guimarães, no dia 18 de agosto de 1950.

"O padre João Baptista era natural de Pouso Alegre e estava em Maria da Fé desde 1948. Morava na Casa Paroquial com sua mãe. Uma moça vinda do Rio de Janeiro, Tereza Pannain, para tratar de tuberculose, aproveitando o clima ameno da cidade, apaixonou-se pelo padre.

O padre nunca correspondeu, inclusive tendo alertado os seus superiores sobre a insistência da moça.

A paixão levou a jovem ao desespero. Comunicou-se com o irmão Omar Tannain, tenente do exército, servindo no Rio de Janeiro, dizendo ter sido abusada pelo padre, encontrando-se grávida. No dia 18 de agosto de 1950, uma sexta-feira, enquanto o padre João Baptista rezava a missa das sete, o tenente vindo do Rio de Janeira, pegava um táxi em Itajubá com destino a Maria da Fé. Foi direto para a matriz e identificando o padre, descarregou a sua mauser de 7 tiros. Cinco deles atingiram João Baptista.

Tomando o mesmo táxi, o Ten. Tannain voltou para Itajubá, se apresentando no 4º Batalhão de Engenharia. Ficou 2 anos na prisão. Posteriormente foi absolvido em julgamento realizado em Varginha, onde teve como defensor, o famoso jurista Evandro Lins e Silva."

 

(dados - janelasabertas.blogspot.com.br)

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