Translate

terça-feira, 9 de julho de 2013

O REVOLUCIONÁRIO

 
Poucos, exceto os paulistas, dão a importância devida as lembranças do dia de hoje.
9 de julho.
Dia comemorativo da Revolução Constitucionalista de 1932.
O povo paulista saiu em defesa da constituição e um nosso conterrâneo ilustre, Dr. Theodomiro Santiago, atravessou a serra, pela Vila Maria, a cavalo, e foi lutar pela defesa da Constituição.
Foi um dos líderes.
Com o fim da revolução (durou de julho a outubro de 1932), ele foi preso em sua casa na cidade de Itajubá e conduzido ao Rio de Janeiro.
Foi expatriado junto com outros companheiros. Partiu para o banimento em novembro de 1932, chegando em Lisboa, a bordo do navio Siqueira Campos", em 18 de novembro de 32.
Talvez tenha sido o primeiro e único itajubense enviado para o exílio em toda a nossa história.
Os tempos eram outros.
Oficialmente contabilizam -se 934 mortos. Na verdade, ultrapassaram os 2.000.
Na época, meu pai tinha 12 anos de idade e morava em Silvestre Ferraz (hoje Carmo de Minas). Ele me contava, impressionado, que presenciou a passagem pela cidade, de trens com vagões próprios para transportar gado, lotados de jovens e meninos prisioneiros paulistas. 
É a vida. 
 
(registros do nosso historiador Armelim Guimarães)
 
ER

Um comentário:

Wartão disse...

Caro Zelador, assim como seu pai, na época da Revolução Constitucionalista, meu pai também tinha 12 anos e meu avô, residentes em Mogi Mirim era mecânico e possuía um Ford "T" 1927 que foi usado para carregar os cadáveres dessa revolução até as covas rasas de um antigo cemitério que havia em M. Mirim. Isso porque nas proximidades de Itapira(estrada interna M. Mirim/Itapira), havia uma trincheira paulista, em um local chamado Morro do Gravi(proximidades das divisa entre S.P e Minas) onde intensos combates aconteceram. Até recentemente era possível achar capsulas vazias de munição usadas nesse local.
Segundo relatos do meu pai, foram transportados nessa "camioneta Fordinho", muitos cadáveres dos revolucionários de ambos os lados.
Também existia na época em Mogi Mirim, um campo de aviação, onde os famosos Paulistinhas (Teco-Tecos)se abasteciam para atirar bombas manualmente nos combatentes.
Histórias tristes, que deixaram muitas marcas, mas que fazem parte da nossa História e que foram presenciadas por nossos pais.