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domingo, 10 de março de 2013

BANDEIRINHA

Bons tempos quando o futebol era a principal atração domingueira em Itajubá.
Estou lembrando do que ninguém lembra: juízes e bandeirinhas.
A terrinha teve grandes árbitros. Seu Juju (as más línguas diziam que ele torcia para o Yuracan) era um pouco gordo mas seguia os lances em cima.
O Filazinho, severíssimo que apitava os jogos com calça comprida branca de linho.
O Lucrécio (da Prefeitura), o meu amigo Mandi (da Varginha) e o Batuque (da Imbel) marcaram época. Todos eles conheceram o gostinho de deixar o estádio Major Belo Lisboa dentro de um camburão da polícia.
A torcida encrenqueira era sempre a do Vasco da Boa Vista.
Quando se juntavam na torcida o Sr. Ditão, Sr. Donguinha (só colocava lenha na fogueira) e os irmãos Colósimo, sai de baixo. A polícia pedia reforço em Pouso Alegre.
Mas uma coisa até hoje não entendi: o que levaria uma pessoa a ser bandeirinha ?
Não decide nada, é dificílimo definir alguns impedimentos, a mãe recebe "elogios" em todas as línguas e não ganha praticamente nada.
Já tive oportunidade de questionar diversos "bandeiras" sobre a motivação para assumir essa posição suicida (hoje os bandeirinhas foram promovidos para assistentes).
Nenhum conseguiu explicar.
Indaguei um veterano bandeirinha, hoje senhor de quase 80 anos, sobre qual o insulto da torcida que mais o incomodava. Ele respondeu na bucha:
- Quando me chamavam de "charreteiro".
Fiquei sem saber a razão.

ER

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem puxa a charrete é burro, cavalo...