Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
A petição com mais de 1,5 milhão de assinaturas contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será entregue nesta quarta-feira (20) em ato no Congresso Nacional. A ONG (organização não governamental) por trás da petição, a Avaaz, recebeu de junho de 2006 até dezembro de 2011 US$ 25 milhões em doações (cerca de R$ 50 milhões).
Fundada em 2007 nos Estados Unidos, a organização se diz "100% financiada por doações espontâneas" realizadas por internautas de mais de 190 países, onde atua como plataforma para coleta de assinaturas, envios de mensagens, ligações telefônicas e em campanhas in loco para diversas causas: da defesa ao Código Florestal brasileiro até o fim do trabalho escravo na Índia.
É mas o Mafra, a TI e uma turminha ai estão preparando uma lista para o asunto dos 17 vereadores, claro que será uma listinha de 1/2 duzia de bobinhos e ai?
Apelo para o professor Delfim para fazer o contraditório democraticamente
Da Folha
Pessimistas
Antonio Delfim Netto
Há um evidente exagero no pessimismo sobre a política econômica. Faz-se tábula rasa do claro progresso social que está gestando uma classe média mais educada e, consequentemente, mais exigente de qualidade dos serviços públicos, sem a qual não se consolidam as instituições democráticas que contribuem para o aumento paulatino da igualdade de oportunidades.
Pior, finge-se ignorar avanços importantes: a aprovação do sistema previdenciário do funcionalismo público; a bem-sucedida substituição dos juros reais de 6% na caderneta de poupança; o enfrentamento dos custos dos insumos básicos (energia e portos); o aprendizado nos leilões de concessão dos projetos de infraestrutura, que deve atrair o investimento privado; o controle do aumento de salários no serviço público por três anos; a redução ordenada da taxa de juros reais; a exoneração da folha de pagamentos para setores exportadores que, combinada com uma relativa desvalorização da taxa cambial, começa a estimular a exportação industrial; a redução pontual da carga tributária; pequenos aperfeiçoamentos no sistema tributário etc.
E, por último, mas não menos importante, a melhora do entendimento entre o poder incumbente e o setor privado, que deve levar o empresário a introjetar o fato de que a política econômica é amigável e objetiva o aumento da competição e da produtividade. Isso pode nos levar a um PIB entre 3% e 4% em 2013.
A afirmação de que se abandonou o famoso tripé da política econômica canônica a que se apegam nossos sacerdotes é falsa. Do ponto de vista fiscal, reconheçamos a inutilidade das "manobras criativas", pecado venial expiado pela crítica severa de amigos e inimigos. Vamos à essência. Um crescimento do PIB de 1% não justifica uma política anticíclica? Um deficit nominal de 2,5% do PIB com uma relação dívida líquida/PIB de 36% representa o abandono da responsabilidade fiscal?
Do ponto de vista monetário, uma taxa de inflação de 6%, empurrada por um choque de oferta agrícola que, provavelmente, tenderá a amenizar-se em menos de seis meses, é sinal de que o Banco Central abandonou a meta de 4,5%? Ou que ele tenha perdido a "autonomia"? Não parece que esse seja o momento para um aumento da taxa Selic. Quando o dr. Tombini diz que não se sente confortável com o comportamento da inflação, o que ele quer dizer senão que pode fazê-lo se for necessário?
Do ponto de vista cambial, a discussão beira o ridículo quando ouvimos François Hollande, Mario Draghi e Shinzo Abe. Quem ainda acredita em taxa de câmbio livremente fixada pelo "mercado em função dos seus fundamentais"?
ANTONIO DELFIM NETTO escreve às quartas-feiras nesta coluna.
O que o pastor Silas Malafaia tem em comum com Renan Calheiros, o "Veta, Dilma!" (contra o novo Código Florestal) e os índios guarani-caiová?
O líder evangélico também virou tema de um abaixo-assinado na Avaaz.org, como as listadas acima. E, por conta dele, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro.
A turma da internet se voltou contra Malafaia, líder evangélico há três semanas, após sua participação no programa "De Frente com Gabi" (SBT), da jornalista Marília Gabriela.
A Avaaz.org é uma organização de ativistas criada em 2007 que faz mobilizações sociais através da internet. A palavra Avaaz significa "voz" nos idiomas hindi e persa e "som" em urdu (dialeto paquistanês).
6 comentários:
Zelador, será que funciona?
A petição com mais de 1,5 milhão de assinaturas contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será entregue nesta quarta-feira (20) em ato no Congresso Nacional. A ONG (organização não governamental) por trás da petição, a Avaaz, recebeu de junho de 2006 até dezembro de 2011 US$ 25 milhões em doações (cerca de R$ 50 milhões).
Fundada em 2007 nos Estados Unidos, a organização se diz "100% financiada por doações espontâneas" realizadas por internautas de mais de 190 países, onde atua como plataforma para coleta de assinaturas, envios de mensagens, ligações telefônicas e em campanhas in loco para diversas causas: da defesa ao Código Florestal brasileiro até o fim do trabalho escravo na Índia.
Anônimo,
Não acredito em listas.
zelador
É mas o Mafra, a TI e uma turminha ai estão preparando uma lista para o asunto dos 17 vereadores, claro que será uma listinha de 1/2 duzia de bobinhos e ai?
Amigo
Apelo para o professor Delfim para fazer o contraditório democraticamente
Da Folha
Pessimistas
Antonio Delfim Netto
Há um evidente exagero no pessimismo sobre a política econômica. Faz-se tábula rasa do claro progresso social que está gestando uma classe média mais educada e, consequentemente, mais exigente de qualidade dos serviços públicos, sem a qual não se consolidam as instituições democráticas que contribuem para o aumento paulatino da igualdade de oportunidades.
Pior, finge-se ignorar avanços importantes: a aprovação do sistema previdenciário do funcionalismo público; a bem-sucedida substituição dos juros reais de 6% na caderneta de poupança; o enfrentamento dos custos dos insumos básicos (energia e portos); o aprendizado nos leilões de concessão dos projetos de infraestrutura, que deve atrair o investimento privado; o controle do aumento de salários no serviço público por três anos; a redução ordenada da taxa de juros reais; a exoneração da folha de pagamentos para setores exportadores que, combinada com uma relativa desvalorização da taxa cambial, começa a estimular a exportação industrial; a redução pontual da carga tributária; pequenos aperfeiçoamentos no sistema tributário etc.
E, por último, mas não menos importante, a melhora do entendimento entre o poder incumbente e o setor privado, que deve levar o empresário a introjetar o fato de que a política econômica é amigável e objetiva o aumento da competição e da produtividade. Isso pode nos levar a um PIB entre 3% e 4% em 2013.
A afirmação de que se abandonou o famoso tripé da política econômica canônica a que se apegam nossos sacerdotes é falsa. Do ponto de vista fiscal, reconheçamos a inutilidade das "manobras criativas", pecado venial expiado pela crítica severa de amigos e inimigos. Vamos à essência. Um crescimento do PIB de 1% não justifica uma política anticíclica? Um deficit nominal de 2,5% do PIB com uma relação dívida líquida/PIB de 36% representa o abandono da responsabilidade fiscal?
Do ponto de vista monetário, uma taxa de inflação de 6%, empurrada por um choque de oferta agrícola que, provavelmente, tenderá a amenizar-se em menos de seis meses, é sinal de que o Banco Central abandonou a meta de 4,5%? Ou que ele tenha perdido a "autonomia"? Não parece que esse seja o momento para um aumento da taxa Selic. Quando o dr. Tombini diz que não se sente confortável com o comportamento da inflação, o que ele quer dizer senão que pode fazê-lo se for necessário?
Do ponto de vista cambial, a discussão beira o ridículo quando ouvimos François Hollande, Mario Draghi e Shinzo Abe. Quem ainda acredita em taxa de câmbio livremente fixada pelo "mercado em função dos seus fundamentais"?
ANTONIO DELFIM NETTO escreve às quartas-feiras nesta coluna.
E agora?
O que o pastor Silas Malafaia tem em comum com Renan Calheiros, o "Veta, Dilma!" (contra o novo Código Florestal) e os índios guarani-caiová?
O líder evangélico também virou tema de um abaixo-assinado na Avaaz.org, como as listadas acima. E, por conta dele, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro.
A turma da internet se voltou contra Malafaia, líder evangélico há três semanas, após sua participação no programa "De Frente com Gabi" (SBT), da jornalista Marília Gabriela.
A Avaaz.org é uma organização de ativistas criada em 2007 que faz mobilizações sociais através da internet. A palavra Avaaz significa "voz" nos idiomas hindi e persa e "som" em urdu (dialeto paquistanês).
Realmente,se dependesse do zelador não existiriam o projeto da ficha limpa e o projeto de cassação por compra de votos.Este cara é uma brincadeira.
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