Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
Já conheço os passos dessa estrada Sei que não vai dar em nada Seus segredos sei de cor Já conheço as pedras do caminho E sei também que ali sozinho Eu vou ficar, tanto pior
Chico Buarque
3 comentários:
Anônimo
disse...
Zézinho. Me emociono com todas as músicas do Chico Buarque e do Tom Jobim.Adoro saber como e porque foram feitas.Essa eu entendo(não entendo nada de música) que tem um conteúdo duplo. Pode refletir a história de um amor trágico ou a experiência de um tempo cíclico, no qual a pessoa sempre volta a sofrer as mesmas desilusões, seja no mundo amoroso ou social.Fico impressionada com a capacidade do Chico Buarque e do Tom Jobim de sintetizar a poesia e inseri-la em nosso cotidiano de uma forma tão excepcional.Na voz da Elis Regina então!...Cada R ecada T batem forte no coração da gente..."Vou colecionar mais um soneto, OuTRo ReTRaTo em bRanco e PReTo a malTRaTaR meu coRação...Lindo demais! Bah
Tenho ou tenho razão de gostar tanto do Chico Buarque?
Hoje, vi no jornal da manhã, uma das homenagens mais bonitas ao grande Oscar Niemeyer e só podia ter vindo dele, do tão grande também Chico Buarque.
"A casa do Oscar era o sonho da família. Havia um terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira. Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e saí batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguases, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquele casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar. Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é casa do Oscar."
Tirado da página de Silvestre Gorgulho do Facebook. Bah
3 comentários:
Zézinho. Me emociono com todas as músicas do Chico Buarque e do Tom Jobim.Adoro saber como e porque foram feitas.Essa eu entendo(não entendo nada de música) que tem um conteúdo duplo. Pode refletir a história de um amor trágico ou a experiência de um tempo cíclico, no qual a pessoa sempre volta a sofrer as mesmas desilusões, seja no mundo amoroso ou social.Fico impressionada com a capacidade do Chico Buarque e do Tom Jobim de sintetizar a poesia e inseri-la em nosso cotidiano de uma forma tão excepcional.Na voz da Elis Regina então!...Cada R ecada T batem forte no coração da gente..."Vou colecionar mais um soneto, OuTRo ReTRaTo em bRanco e PReTo a malTRaTaR meu coRação...Lindo demais!
Bah
Bah,
Concordo inteiramente. Publique você também no vivereperigoso, os os versos que lhe parecem definitivos.
Abraço,
Zezinho
Tenho ou tenho razão de gostar tanto do Chico Buarque?
Hoje, vi no jornal da manhã, uma das homenagens mais bonitas ao grande Oscar Niemeyer e só podia ter vindo dele, do tão grande também Chico Buarque.
"A casa do Oscar era o sonho da família. Havia um terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.
Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e saí batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguases, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquele casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.
Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é casa do Oscar."
Tirado da página de Silvestre Gorgulho do Facebook.
Bah
Postar um comentário