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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

VERSOS DEFINITIVOS

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior


Chico Buarque

3 comentários:

Anônimo disse...

Zézinho. Me emociono com todas as músicas do Chico Buarque e do Tom Jobim.Adoro saber como e porque foram feitas.Essa eu entendo(não entendo nada de música) que tem um conteúdo duplo. Pode refletir a história de um amor trágico ou a experiência de um tempo cíclico, no qual a pessoa sempre volta a sofrer as mesmas desilusões, seja no mundo amoroso ou social.Fico impressionada com a capacidade do Chico Buarque e do Tom Jobim de sintetizar a poesia e inseri-la em nosso cotidiano de uma forma tão excepcional.Na voz da Elis Regina então!...Cada R ecada T batem forte no coração da gente..."Vou colecionar mais um soneto, OuTRo ReTRaTo em bRanco e PReTo a malTRaTaR meu coRação...Lindo demais!
Bah

Edson Riera disse...

Bah,

Concordo inteiramente. Publique você também no vivereperigoso, os os versos que lhe parecem definitivos.
Abraço,
Zezinho

Anônimo disse...

Tenho ou tenho razão de gostar tanto do Chico Buarque?

Hoje, vi no jornal da manhã, uma das homenagens mais bonitas ao grande Oscar Niemeyer e só podia ter vindo dele, do tão grande também Chico Buarque.

"A casa do Oscar era o sonho da família. Havia um terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.
Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e saí batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguases, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquele casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.
Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é casa do Oscar."

Tirado da página de Silvestre Gorgulho do Facebook.
Bah