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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

ORELHUDO

Como dizia o Martinho da Vila: 'Na minha casa todo o mundo é bamba". Temos sete grandes professoras. Em termos da lingua portuguêsa, eu fugi da escola.
Não aprendi antes e agora está difícil.
Minha saudosa professora de português no ginásio, Dna Alcina, dizia:
- Menino, até que você é criativo e tem boas ideias, mas na hora de colocar no papel, não leva jeito.
O meu vestibular de engenharia na EFEI(1969), foi o primeiro a ter nos exames a prova de português.
O meu amigo, vizinho e professor na época, Nélio Brandani Tenório, vaticinou:
 - Pelo que estou vendo, nas matérias mais simples, como física, química e matemática, até que você vai bem. Mas na lingua pátria, é uma tragédia.
Tenho sobrevivido.
Como as pessoas que leem minhas coisas, me querem bem, pressumo, acompanham com carinho e deixam passar.
Bolei um método, que tem me auxiliado:
Para cada linha reserve:
3(três) acentos variados, a escolher.
1 (um) ponto final
2 (duas) virgulas
Total: 6 (seis) sinais gráficos por linha.
Um texto de bom tamanho, tem 20 linhas.
Então teremos: 20 x 6 : 120 sinais gráficos
Junte tudo em uma vasilha misture bem e pulverize sobre o texto.
Vai ficar bom. Se alguém estranhar, diga que é devido a nova ortografia.Quase ninguém ainda a domina.
Passe longe das professoras, que em Itajubá são muitas e competentes.
É fácil.
 
ER

4 comentários:

Aldo disse...

uma vez no primário a professora chamou meus pais, dizendo que eu não colocava acento em nada. Na prova seguinte coloquei acento em TODAS as palavras. Adivinha a nota?...

Anônimo disse...

Zelador,

Acho que não há nada tão imutável ao longo da vida quanto as vocações. Nascemos para isso ou para aquilo e não há santo que consiga alterar esses rumos...
Quando fiz o vestibular da Fuvest, no início da década de noventa, a segunda fase ainda envolvia provas abertas de todas as disciplinas. Até onde recordo, o rol era longo: matemática, física, química, biologia, história, geografia, inglês, gramática, literatura e redação.
Os números sempre me assombraram. Eles me incomodam tanto que, caso fosse possível, preferiria que a numeração das páginas dos livros fosse feita em numerais romanos, que não passam de letras disfarçadas. Nas leis, prefiro os incisos aos artigos e parágrafos. São indicados por romanos (i, ii, iii, iv...que lindo!).
Bem, chegou o dia da tal segunda fase. Na verdade, três dias. Enganei bem em Física e Química. Não é tão difícil imaginar um corpo em aceleração constante ou uma reação química em subníveis atômicos. Sempre fui muio visual. Mas o que diabo era uma matriz, que deu as caras logo na primeira questão de matemática? E geometria analítica? Como assim?
A coisa começou a ficar mais confortável com história, geografia, língua portuguesa e redação.
Resultado final: fui aprovado na primeira opção, curso de Direito matutino.
Após o início das aulas, a Faculdade afixou as notas do vestibular dos alunos aprovados: A mais alta, 10 em redação. A mais baixa, 2,5 em matemática.
A partir desse dia e notando minha predileção pelo verbo, meus colegas passaram a pedir ajuda com as namoradas: queriam poesias de encomenda, o que eu fazia com gosto.
Em retribuição, ofereciam valiosa ajuda para conferir o troco das refeições que eu tomava no bandejão subterrâneo do XI de Agosto.
Justo, justíssimo!

Laissez Faire

Edson Riera disse...

Laissez Faire,

Caramba ! "...numeração das páginas dos livros fosse feita em numerais romanos que não passam de letras disfarçadas"
Nunca pensei nisso.
Confissão particular: Queria fazer Direito. Queria fazer na São Francisco. Fiz engenharia na Federal e em casa. Formado, arrumei emprego próximo das Arcadas (Viaduto Dona Paulina)para viabilizar. O tempo foi passando e não deu.
abraço,
zelador

Anônimo disse...

o acordo ortografico foi adiado..voltaremos a usar o trema.