Acontecendo a segunda visita de alto nível de uma autoridade americana em menos de um mês para tratar do tema " participação de empresas chinesas no 5G brasileiro ". Em julho, o chefe da CIA, William Burns, esteve na capital federal para uma série de reuniões, inclusive com Bolsonaro.
Nesta quinta-feira, a visita/pressão do governo americano à Brasília, aconteceu através do Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, que em troca de um veto brasileiro a Huawei no mercado do 5G nacional, ofereceu ao governo Jair Bolsonaro apoio para que o Brasil se torne um sócio global da Otan - Organização do Tratado do Atlântico Norte.
A questão foi discutida com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, na manhã desta quinta-feira (5) em Brasília. Sullivan esteve ainda no Palácio do Planalto, para encontro com o presidente Bolsonaro.
Os americanos fizeram o aceno ao governo Bolsonaro na tentativa de convencer as autoridades brasileiras a vetar a participação da Huawei no futuro mercado de 5G nacional. O recado foi que uma coisa depende da outra.
Segundo a imprensa, o tema atualmente divide os fardados. Militares que trabalham no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) com o general Augusto Heleno são favoráveis ao banimento dos chineses, usando argumentos de segurança nacional, mas outros membros das Forças Armadas argumentam que nunca tiveram problemas com a Huawei nas mais de duas décadas em que ela opera no país.
Explicando, a presença do Brasil como “sócio global” da Otan permitiria aos militares condições especiais para a compra de armamentos de países que integram a organização e também abriria mais espaço para a capacitação de pessoal militar nas bases da aliança ao redor do mundo.
Na América do Sul, o único país que tem o status de "sócio global" da Otan é a Colômbia, o mais tradicional aliado dos EUA na região e com amplo histórico de cooperação militar com os americanos. Possuem o mesmo status Afeganistão, Austrália, Iraque, Japão, Coreia do Sul, Mongólia, Nova Zelândia e Paquistão.
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