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terça-feira, 15 de junho de 2021

O QUE É ISSO COMPANHEIRO ?


Que Eric Clapton tem umas posições políticas e sociais meio questionáveis, isso há muito já se sabe. Mas a pandemia da Covid-19 aflorou ainda mais esse lado do astro, que depois de se posicionar contra o lockdown, agora participou de um programa e assumiu posições anti-vacina. Os comentários tem gerado revolta nas redes.

O programa que ele participou se chama Oracle Films. Durante a entrevista, Clapton insinuou que as vacinas seriam piores que a doença e ainda questionou sua eficácia por causa dos efeitos ” A vacina pegou meu sistema imunológico e apenas o sacudiu fortemente. E eu ainda sinto tudo isso. Então eu li muitas evidências sobre pessoas que tiveram reações adversas. Isso estava na lista de efeitos, danos permanentes ao sistema imunológico”.

Eric ainda falou que as vacinas causam infertilidade permanente nos homens, no que foi prontamente desmentido pela comunidade científica. E insinuou que a pandemia é uma invenção da mídia: “parei de assistir TV. Um desenho animado trazia um cara entrevistando dois quakers. Ele diz: ‘como ninguém da sua comunidade pegou essa doença?’. E o outro responde: ‘bem não assistimos TV’. “É isso”, declarou Clapton, “muito dessa doença está em nossa mente.

As declarações de Clapton causaram revolta nas redes. Um usuário chamou o cantor de “pulha”. Para outro, “Clapton é a maior prova que é possível ser um gênio em algo e um completo idiota em todo o resto”.

Net

Viver é Perigoso

QUE SAUDADE *


No tempo da ditadura é que as coisas funcionavam. Não era essa balbúrdia, não era essa zona. Tinha dono no pedaço, a gente sentia que tudo caminhava segundo um projeto, um projeto de Brasil grande, de país do futuro.

No tempo da ditadura, dura mesmo, as coisas funcionavam. Os militares não roubavam: não havia mensalão, trensalão, corrupção. Nem petralhas nem tucanalhas, em 1964 eram todos unidos por um fim: o Brasil.

Todos gritavam juntos, nas ruas, nos quartéis, nos porões, na selva e no pau de arara: “Viva o Brasil!”.

Éramos felizes e não sabíamos.

Até a cultura era melhor, na ditadura. Hoje não se produz nada que preste. E a economia ia bem: havia uma abundância de empregadas domésticas pra gente escolher – dormiam no quartinho dos fundos, felizes.

As ruas eram limpas: nada de bêbados, nada de equilibristas. A saúde era uma maravilha. As escolas públicas tinham qualidade.

Todo mundo sabia cantar, de cor, treze hinos: nacional, da República, da Independência, da Marinha, da Aeronáutica, do Expedicionário, da Revolução Constitucionalista de 1932 etc.

Quantos desses você conhece? Morreu a cultura.

Nasci nos anos 1990, que pena, mas tenho saudades disso tudo.

Hoje eu posso falar: ai, que saudade da ditadura. Faço marcha, peço intervenção militar, peço o fim da corrupção dos partidos, o fim do Congresso, o fechamento do STF, de toda essa bandalheira. Os manos não merecem direitos humanos; que saudade da tortura da ditadura.

Hoje eu marcho na av. Faria Lima, na Paulista, pedindo ditadura. Reúno amigos em Moema para debater ditadura, distribuo panfletos no Leblon pela ditadura, tenho seis grupos no Face.

Só a ditadura salva a democracia.

Tudo é uma questão de ponto de vista ? No tempo dos militares não haveria isso de ponto de vista.

*Contém ironia.

Renato Essenfelder

Viver é Perigoso

POVO FELIZ


 Zé Ramalho:

"Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa dos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer
Êh, oô, vida de gado
Povo marcado eh
Povo feliz"

Viver é Perigoso