- Vô, vamos passar no Drive-Thru do Mac ?
Uma ordem cumprida de imediato e com alegria.
Pedidos diferenciados, detalhados. Para um, sanduiche com cheddar e sem molho, mais nuggets, com molho barbecue e também suco de laranja. Ah ! milk-shake de morango. Se der, sorvete de casquinha misto, baunilha e chocolate. Para o outro, o mesmo, mas tudo diferente.
Imaginando o acontecimento de fato parecido nos anos 60. Com o Sr. Zé Riera, Dona Helena e os 11 filhos. De kombi, é claro. Cada um com seu pedido particularizado. Uma hora para fazer os pedidos, pagar e retirar a mercadoria. Mais uma hora para separar as encomendas.
A "porca torceria o rabo" na hora de pagar. R$ 30,00/pessoa, num total de R$ 390,00. Nem a pau ! Primeiro porque a grana era controlada e dada a inexistência de cartão, o dinheiro vivo era conduzido embolado no bolso da calça.
Tudo acontece na hora certa.
Já pensou, na época, se encostasse no Drive-Thru a kombi do Sr. Zé Riera, logo atrás a do Capitão Chaves e a seguir a do pai da Moças Bonitas da Rua Carlos Goulart ? E se decidissem pelo mesmo programa, no mesmo dia e horário, o Sr. Zezinho Machado com a sua turma ? e se surgisse o Sr. Guilherme Cardoso com família. Todos "inexplicavelmente" utilizando kombis.
O Mac da Boa Vista não atenderia mais ninguém.
Em tempo, já funcionou na cidade o Drive-Thru da pipoca. Funcionava na esquina do Pé-de-Porco. Destino certo, aos domingos à noite, após o culto da Iª Igreja Presbiteriana de Itajubá, atendendo o Sr. Zé Riera e criançada. Um saquinho pequeno para cada um. Não dava vinte cruzeiros.
Viver é Perigoso