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domingo, 11 de abril de 2021

MOÇA BONITA - DA PÁ VIRADA


Para os que estão chegando agora: "da pá virada",  diz-se de algo ou alguém que foge dos padrões habituais por ser brincalhão e provocador, ou imprevisível e impetuoso, ou amalucado etc.

Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagu, nasceu em São João da Boa Vista em 1910, foi uma escritora, poetisa, diretora, tradutora, desenhista, cartunista, jornalista, militante política.

Imaginando que o seu nome fosse Patrícia Goulart, o poeta Raul Bopp, pretendendo fazer uma brincadeira com as primeiras sílabas do nome, a chamou de Pagu.

Foi uma mulher avançada para os padrões da época, com seu comportamento considerado extravagante e defendendo as causas. Fumava e bebia em público, usava roupas colantes e transparentes, usava cabelos curtos, manteve diversos relacionamentos amorosos, e costumava falar palavrões. 

Pagu, em 1928, iniciou um romance secreto, desta vez com Oswald de Andrade, em 1928, enquanto ele ainda era casado com Tarsila do Amaral.  Com a separação de Andrade, casaram-se no dia 1º de abril de 1930 em uma cerimônia pouco convencional: o acontecimento foi simbólico, realizado no Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Em 1931, ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos, Pagu foi presa pela polícia política de Getúlio Vargas. Foi a primeira de uma série de 23 prisões ao longo da vida. Depois de alguns anos de militância, em 1933, partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido e o filho. Em 1935, foi presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, sendo repatriada para o Brasil. 

Retomou sua atividade jornalística, criticando a ditadura militar. Foi novamente presa e torturada pelas forças da ditadura de Getúlio Vargas. Desta vez acabou ficando na cadeia por cinco anos, o que a levou a um intenso desespero, ampliando ainda mais sua capacidade artística e criativa. 

Saiu da prisão em 1940 e rompeu com o Partido Comunista. Iniciou um relacionamento com Geraldo Ferraz, união que durou até o fim de sua vida, que aconteceu em Santos, em 1962.

Pagu teve dois filhos. Rudá de Andrade, com Oswald de Andrade e Geraldo Galvão Ferraz, com Geraldo Ferraz.

O "Retrato de Pagu" (acima) é obra do Di Cavalcanti (1897 - 1976) - Da década de 30, com dedicatória e assinatura do pintor.

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