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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

CHILE


Aqui na América do Sul, não fosse brasileiro, gostaria de ser chileno. E não só por causa dos vinhos.

Desde criança leio e acompanho a vida do Chile. O meu pai contava sobre um jogador de futebol chileno, Fernando Riera, como ele, nascido em 1920. O jogador chileno disputou a Copa do Mundo de 1950, inclusive, tendo marcado um gol na partida contra os EUA.

Posteriormente, Fernando Riera foi técnico de grandes equipes na Europa e também, da seleção chilena na Copa do Mundo de 1962, realizada no seu País.

Minha aproximação com o Chile foi triste. Acompanhei pelos jornais e rádio, o terremoto acontecido no dia 22 de maio de 1960. Até hoje, considerado o maior terremoto já medido acontecido no planeta Terra. Atingiu 9,5 na escala Richter, liberando energia equivalente a 20 mil bombas de Hiroshima.

De 1970 a 1973, o Chile foi governado pelo médico socialista Salvador Allende. Foi refúgio de muitos professores, políticos e intelectuais brasileiros, fugindo da ditadura no País. Allende foi derrubado (e morto) no dia 11 de setembro de 1973. Dia do meu casamento no Civil.

Uma admiração grande pelo Pablo Neruda, Gabriela Mistral, Violeta Parra e depois, pela peruana chilena Isabel Allende.

O destino, no final dos anos 70, nos colocou vizinhos do mesmo andar (na Francisca Miquelina), da família do engenheiro chileno, Mário. Ficamos amigos e de forma reservada, trocávamos experiência sobre a dificuldade dos regimes. Meses depois, já morando em Manaus, ficamos amigos (da casa ao lado) do economista chileno Manoel. Muitas conversas.

O regime Pinochet ficou marcado. O acontecido com os presos no Estádio Nacional de Santiago, onde o Brasil, com Garrincha, foi campeão do mundo, foi um massacre. 

Ontem, o esquerdista chileno Gabriel Boric, foi eleito democraticamente presidente.

Sinceramente ? muitas dificuldades pela frente.

Viver é Perigoso    

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