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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

CANTINHO DA SALA



Um dos últimos retratos feitos pela mexicana Frida Kahlo bateu ontem (16/9) o recorde de preço para obras de um artista latino-americano em leilão. O autorretrato Diego e eu, de 1949, foi arrematado no leilão (16/11) da  casa Sotheby´s, em Nova York por US$ 34,9 milhões (191,9 milhões de reais).

A tela, que mostra a autora de frente, com a figura de Diego Rivera inserida em sua testa como uma presença inquietante, desbancou o próprio Rivera, marido dela, do topo do pódio como artista plástico latino-americano mais valorizado (10 milhões de dólares em 2018 por seu quadro Os Rivais) e que significa também um recorde para a obra de uma mulher, embora sem superar a cifra de um quadro de Georgia O’Keeffe que alcançou 44 milhões de dólares em 2014, também na Sotheby’s.

O quadro, de pequenas dimensões, simboliza a tortuosa relação entre os dois artistas e, sobretudo, a contínua presença do muralista (Rivera) na vida e na estética de Kahlo. Pintada meia década antes da morte de Kahlo e considerada o último de seus numerosos autorretratos, a obra foi criada durante um dos períodos mais conturbados da autora, devido à dor física que sofria como resultado de múltiplas cirurgias. Foi pintado no mesmo ano em que seu amado Diego vivia um romance com sua amiga María Félix, este poderoso retrato é a articulação pictórica de sua angústia e dor. (El País)

Viver é Perigoso

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