No dia 25 de agosto de 2005, Luís Fernando Veríssimo, anunciou a morte de sua personagem, que ficou famosa como "A Velhinha de Taubate".
“Morreu no último dia 19, aos 90 anos de idade, de causa ignorada, a paulista conhecida como “a Velhinha de Taubaté”, que se tornou uma celebridade nacional há alguns anos por ser a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo".
A vetusta senhora morreu diante da TV enquanto acompanhava notícias do escândalo do mensalão. Houve, na época, suspeita de suicídio, nunca comprovado. A polícia mandou os restos do chá que a Velhinha estava tomando com bolinhos de polvilho para exame de laboratório.
Ela teria morrido em frente à TV, decepcionada com o quadro político brasileiro, em especial com o seu ídolo, Antonio Palocci. Morreu na frente da televisão, talvez com o choque de alguma notícia.
A Velhinha acreditara em Lula desde o começo e até rebatizara o seu gato, que agora se chamava Zé.
Parentes informaram que a Velhinha já tivera um pequeno acidente vascular ao saber da compra de votos para a reeleição do Fernando Henrique Cardoso, em quem ela acreditava muito, mas ficara satisfeita com as explicações e se recuperara.
Disseram também, que ela estava acompanhando as CPIs, comentara a sinceridade e o espírito público de todos os componentes das comissões, nenhum dos quais estava fazendo política, e de todos os depoentes, e acreditava que, como todos estavam dizendo a verdade, a crise acabaria logo, mas ultimamente começara a dar sinais de desânimo e, para grande surpresa, descrença.
Que existem, sem dúvida, e conheço muitos "velhinhos e velhinhas de Taubaté". Utilizam hoje as chamadas "redes sociais". No fundo são boas pessoas.
Hoje, acreditam na cloroquina, ivermectina, tratamento precoce, no Centrão, Olavo, Malafaia, Bob Jefferson , Alexandre Garcia e da Jovem Pan e claro, no Mito. Só tomaram vacina por exigência da família (e um pouco de medo). Odeiam a cor vermelha e por consequência, chineses.
Espera-se, com toda a sinceridade, que não tenham o mesmo fim da crédula senhora do interior paulista.
Viver é Perigoso
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