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segunda-feira, 26 de julho de 2021

LULA - A DEPRESSÃO


Fernando Morais, mineiro de Mariana, completou 75 anos na semana passada. Um jornalista, escritor e político importante.

Em 1976 li seu primeiro livro. "A Ilha" - uma reportagem sobre Cuba que tornou-se um dos maiores sucessos editoriais brasileiros. Quase acreditei no paraíso descrito por ele. Logo, se evidenciou que a realidade em Cuba era bem complicada.

Sempre segui os trabalhos do Fernando Morais, muito embora, discorde do seu posicionamento político.

Li "Olga", que narra a trajetória trágica de Olga Benário, recrutada pelo governo soviético para dar proteção ao líder comunista brasileiro Luís Carlos Prestes, com quem viveria um romance antes de ser presa e deportada pelo governo Vargas e morta na Alemanha nazista.

Chatô, o Rei do Brasil - biografia de Assis Chateaubriand, na qual são narrados sem retoques os expedientes pouco ortodoxos por ele utilizados para construir seu império jornalístico.

Corações Sujos - reconstitui a mais sangrenta página da história da imigração japonesa, a aventura da Shindo Renmei e sua vingança contra os corações sujos, assim chamados os japoneses acusados de trair sua pátria por "acreditarem" na derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial.

Na Toca dos Leões  - o autor esmiúça a vida de Washington Olivetto, Javier Llussá Ciuret e Gabriel Zellmeister, os fundadores da W/Brasil, uma das agências de propaganda mais premiadas do mundo.

Montenegro, as aventuras do Marechal que fez uma revolução nos céus do Brasil - biografia de Casimiro Montenegro Filho, o Marechal Montenegro, pioneiro da aviação e revolucionário de 1930, que, em 1950, enfrentou Presidente da República, ministros e companheiros de farda para criar o Instituto Tecnológico da Aeronáutica - ITA.

Aguardando na estante para ser lido: Os Últimos Soldados da Guerra Fria.

Tudo isso para dizer que chega às livrarias em outubro pela Companhia das Letras, do Fernando Morais, o primeiro dos três volumes da biografia de Lula. No primeiro volume, Morais narra a vida de Lula até 1982.

Curioso: Morais relata que, após a derrota em sua primeira vez como candidato, Lula entrou em depressão. Queria sair da política. O que o levou a repensar a desistência e se tornou definitivo para ele continuar na estrada foi uma conversa com Fidel Castro, que o incentivou a prosseguir. (Lauro Jardim).

Embora imagine e, antecipadamente, discorde do esperado colorido a ser dado pelo Morais, sem dúvida que lerei o livro.

Viver é Perigoso

Um comentário:

Anônimo disse...

Logo logo especialistas em energia vão escrever sobre mais esse negacionismo governamental. Foi assim na pandemia e está sendo agora na crise energética que se avizinha. Os alertas estão dados mas as análises políticas e das consequências para a eleição impedem tomadas de decisões duras como o reconhecimento do problema e a chamada da população para colaborar. Criaram um gabinete de crise há 1 mês! Ação efetiva nenhuma, vamos pagar caro por mais esse negacionismo. Se como pretendem a economia voltar a crescer......
Mercado-Lógico