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segunda-feira, 17 de maio de 2021

ONDA DE VIOLÊNCIA


Dias antes do primeiro foguete ser disparado de Gaza na semana passada, um esquadrão de policiais israelenses entrou na mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém e cortou cabos dos alto-falantes que transmitiriam orações aos fiéis de quatro minaretes medievais.

Era a noite de 13 de abril, o primeiro dia do mês sagrado do Ramadã. Era também o Dia da Memória em Israel, que homenageia aqueles que morreram lutando pelo país.

O presidente israelense Reuven Rivlin, fazia um discurso no Muro das Lamentações, local sagrado judaico que fica abaixo da mesquita e as autoridades israelenses temiam que as orações o abafassem.

A batida policial em um dos locais mais sagrados do Islã foi uma das várias ações que levaram, menos de um mês depois, à repentina retomada da guerra entre Israel e Hamas. O incidente com o alto-falante foi seguido por uma decisão da polícia de fechar uma praça popular fora do Portão de Damasco. Os jovens palestinos geralmente se reúnem ali à noite durante o Ramadã.

Já no dia 7 de maio, policiais israelense promoveram uma batida na mesquita de Al-Aqsa, com gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha. Os palestinos revidaram com pedras.

Outra disputa aconteceu no dia 10 de maio - Dia de Jerusalém, com nacionalistas judeus marchando pelo bairro muçulmano da Cidade Velha, tentando visitar o Monte do Templo.

Pouco depois começaram os lançamentos dos foguetes.

Eterno barril de pólvora.

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Viver é Perigoso 

Um comentário:

Anônimo disse...

Tb. tem o eterno conflito por ocupação de áreas palestinas por Israel.Grande parte da mais recente onda de violência aconteceu em meio a um esforço legal de anos por grupos de colonos judeus, que querem despejar várias famílias palestinas de suas casas no distrito de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental. A solução possível seria a criação de um estado palestino na vizinhança. Israel resiste pois considera os vizinhos não confiáveis. Seria como dormir com o inimigo do lado. Junte-se a isto tudo o ódio milenar sedimentado. As mortes de políticos (alguns premiados com o Nobel) dos dois lados que tentaram alguma ação para a paz mostra como é vai ser difícil: Yitzhak Rabin morto em atentado, Anwar Al Sadat atentado, Yasser Arafat envenenado
Observador de Cena