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quinta-feira, 6 de maio de 2021

AGORA É QUE NÃO VAI



Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o CNPq é a principal agência de fomento à pesquisa do País. Ao lado da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (Capes), órgão responsável pela fiscalização e avaliação do sistema de pós-graduação, o CNPq também é um dos pilares do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação.

Desde o início do governo Bolsonaro os dois órgãos vêm passando por graves dificuldades financeiras.

Agora, o CNPq anunciou que, por causa de cortes orçamentários impostos pelo governo, teve de fazer um corte drástico na concessão de bolsas de doutorado e pós-doutorado aprovadas com base em pareceres técnicos emitidos por seus comitês de assessoramento.

Das 3.080 propostas aprovadas nas diferentes áreas do conhecimento, e cujos beneficiários já haviam sido informados em 15 de março, o CNPq só poderá financiar 396 – cerca de 13% do total. O critério de escolha privilegiou as propostas que receberam as maiores notas. As outras 2.684 propostas, que envolvem dez categorias de bolsas no Brasil e no exterior, não serão implementadas.

Com valor de R$ 2,2 mil mensais por um período de quatro anos, tempo que leva a formação de um doutor, e de R$ 4,1 mil mensais por um período de dois anos no caso de pós-doutorado, as bolsas do CNPq são fundamentais para produção de ciência de ponta e ciência aplicada no Brasil. Os doutores em formação são oriundos, em sua grande maioria, das melhores universidades públicas do País.

Outro lado do problema é a ausência de recursos para financiar pesquisas em andamento sob responsabilidade de cientistas que foram formados com apoio financeiro de agências públicas de fomento, como o CNPq. Sem condições de trabalho, é cada vez maior o número de jovens cientistas que estão deixando o País.

Opinião do Estado

Viver é Perigoso

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