“Personalidades Psicopáticas” é o título no Brasil do livro “Die Psychopathischen Persönlichkeiten”, de Kurt Schneider, psiquiatra alemão. A obra rendeu-lhe reconhecimento e a alcunha de “pai dos psicopatas”.
É ótima fonte para decifrar distúrbios de personalidade em tempos tensos, como os desta pandemia.
Suas descrições tipológicas baseiam o diagnóstico de desvios de comportamento social, resultados da ausência de sentimentos de piedade, compaixão e altruísmo; da falta de valores éticos-morais; e da incapacidade de se reconhecer culpado. São indivíduos sem remorso e arrependimento.
Schneider destaca características de personalidades anormais. Carentes de compaixão, toscos em regra, anestesiados de senso moral. Frente ao sofrimento alheio, à morte de milhares de pessoas, não medem palavras. Não há ressonância afetiva com a dor alheia.
Por vaidade exagerada, se acham acima de tudo, de todos. Não toleram contrariedades: reagem com expressões grosseiras.
São agressivos, mal-educados e provocadores. Kurt Schneider menciona que esses sujeitos oferecem dificuldades particulares em circunstâncias militares. O desacato e a desobediência são marcas da carreira. A insubordinação/mau comportamento redundam em prisão, expulsão ou abandono.
Eles são pouco inteligentes. Schneider chama-os de “antissociais que, por regra, associam-se aos oligofrênicos”. A inteligência limítrofe ou seletiva leva-os a praticar atos bizarros, de turrice e teimosia. O foco: o benefício próprio. Se voltarem atrás, não é por reconhecer o erro, mas estratégia momentânea. Rancorosos e vingativos, em seguida, recidivam, até com virulência. São, por todo o quadro, de periculosidade social. Nada os detêm, salvo reprimenda enérgica, judicial e legal.
Kurt Schneider se refere a esses anormais com o termo psicopatia.
Em cargos públicos, interessa-lhes o poder para escoar as condutopatias em louvor a si mesmos. Como chefia, são tiranos. Egoístas, colocam a própria vontade e a autoridade acima das leis e da Justiça.
É comum a psiquiatras discordâncias sob uma mesma doutrina. Porém, todos admitimos que psicopatas (condutopatas ) não têm cura, já que a origem do mal é orgânica e irremovível. (Folha de São Paulo ).
Viver é Perigoso
Um comentário:
Diagnóstico perfeito. 3º. 4º e 5º parágrafos, alguma semelhança com uma figura central?
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