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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

CARTA QUE NÃO RECEBI


E por falar em AI-5...

Itajubá, outubro/ 2004

Resumindo:

" O Jaime me amava loucamente e eu era louca por ele. Como é que a gente ia ficar longe ? Essa questão nem se colocou. Eu acreditei na proposta pelo entusiasmo dele, que aquilo era muito grande. Não tinha argumentos contrários do ponto de vista político ou teórico. Para mim aquilo ali era uma lei, o caminho correto, e acabou. Acreditei no caminho da luta armada. Isso era muito claro. Um rapaz que não podia estudar, não podia participar de um congresso, não podia falar o que pensava. Que diabo de vida era aquela, com tudo proibido ? É evidente que o fato de ele ser meu marido pesou muito, foi fundamental. Um outro homem talvez não tivesse a influência que ele teve. Então eu fui. Com um enorme entusiasmo. A Maria Lúcia (cunhada) já tinha ido. O Lúcio e a Lúcia Regina também. Então eu fui. O entusiasmo prevalecia sobre as dúvidas"

Regilena

Regilena Carvalho nasceu em Pedralva em 9 de janeiro de 1947, a quinta filha do Dr. Bertolino Mendes de Carvalho e da Professora Maria Aparecida Silva de Carvalho. Criou-se em Itajubá. Dr. Bertolino foi político do PTB. Homem sério.

Livro: "As mulheres que foram à luta armada", do Luiz Maklouf Carvalho - Jayme, Lúcio e Maria Lúcia, todos Petit, ficaram por definitivo no Araguaia.  Jayme em 1973, com 28 anos. Lúcio, em 1974, com 31 anos e Maria Lúcia, em 1972, com 22 anos.

Viver é Perigoso

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