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sábado, 24 de outubro de 2020

ELVIS NÃO MORREU



“Como sempre faz em véspera de eleições, a Lava Jato ataca o presidente Lula. Não há outra razão para o juiz Bonat ter aceito hoje a denúncia fajuta sobre as doações ao Instituto Lula, que ele sabe que são totalmente legais. É muita cara de pau.”

Gleisi Hoffmann

Viver é Perigoso

FRASES CÉLEBRES QUE ATRAVESSAM OS TEMPOS

 


Alea Jacta Est - A sorte está lançada - Júlio César

Veni, Vidi, Vici - Vim, vi e venci - Júlio César

To be or not to be, that is the question - Ser ou não ser, eis a questão

Nada é permanente, exceto a mudança - Heráclito

Penso, logo existo - Descartes

Independência ou Morte - D. Pedro I

Os proletários nada tem a perder a não ser os seus grilhões - Karl Marx

Saio da vida para entrar na história - Getúlio Vargas

Os que forem brasileiros que me sigam - Duque de Caxias

Os brasileiros não estão preparados para votar - Edson Arantes do Nascimento (Pelé)

Viver é Perigoso

ITAJUBÁ E O REI DO FUTEBOL

 

Itajubá esteve representada no dia em que Pelé foi consagrado Rei do Futebol. 

Aconteceu numa crônica escrita pelo Nelson Rodrigues e publicada na revista Manchete Esportiva no dia 8/3/1958.

Tratou da partida acontecida no dia 26/2/1958, no Maracanã, Santos 5x3 América, pelo Torneio Rio-São Paulo.

Foi a primeira crônica de Nelson Rodrigues sobre Pelé — e a primeira em que o jogador foi chamado de Rei.

"17 anos. Verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racialmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — ponham-no em qualquer rancho e a sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.

O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu personagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?” Ele respondeu, com a ênfase das certezas eternas: — “Eu.” Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?” E Pelé: — “Eu.” 

Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção que ninguém reage, e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé.

Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompeia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. 

Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para a frente, e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe, ao encalço, ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompeia e encaçapou de maneira genial e inapelável."

E Itajubá nessa ?

O goleiro do América naquele jogo era o itajubense José Valentin da Silva, simplesmente Pompeia, que sofreu os quatro gols marcados pelo Pelé.

POMPÉIA. Goleiro da Seleção Brasileira e Campeão Carioca pelo América em 1960.

Tive a sorte de conhece-lo pessoalmente quando criança. Extremamente alegre e me parecia um gigante.

Seu apelido era "Constellation", um modelo de avião muito conhecido na época.

Saiu do bairro da Varginha, mais precisamente, de uma pequena rua ao lado do batalhão, onde  morava sua família, para ser profissional no Rio de Janeiro.

É citado no livro "Goleiros Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1 - Paulo Guilherme Oliveira- Alameda Casa Editorial, como um dos maiores goleiros do mundo de todos os tempos.

É do Pompéia a frase que passou para a historia do futebol: " Goleiro é quem gosta de bola. Todo mundo chuta a bola. Só o goleiro abraça".

Viver é Perigoso