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domingo, 22 de março de 2020

CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA


A rapidez com que o novo coronavírus se multiplica no país acende o alerta para a incapacidade do sistema de saúde brasileiro atender, no curto prazo, a todos os casos graves decorrentes da epidemia.

A corrida dos governos estaduais e do Ministério da Saúde para aumentar a disponibilidade de leitos de UTIs tem obstáculos adicionais, já enfrentados por países com aumento exponencial de infecções: conseguir, em tempo recorde, os insumos e equipamentos necessários para o atendimento, principalmente ventiladores mecânicos.

O temor é faltar velocidade na aquisição de novos respiradores — considerados essenciais no tratamento de uma doença que ataca os pulmões e provoca insuficiência respiratória - e na compra de equipamentos de proteção individual, como máscaras.

Os ventiladores são, sem dúvida, o maior gargalo.
No país, há 65 mil ventiladores, segundo dados do Ministério da Saúde, o que equivale a três equipamentos para cada dez mil habitantes. Desse total, 46,6 mil estão no SUS.

Minas Gerais tem 6.263 unidades.

Parte deles já é usada para atender a outros casos. A taxa de ocupação dos ventiladores disponíveis nos hospitais particulares é de 20%. No SUS, é de 50% a 60%.

 O problema é que esses pacientes permanecem longo tempo em ventilação. Um paciente fica em média seis dias na UTI; o com Covid-19 fica duas semanas, chegando a até 20 dias em alguns casos. 

O mundo inteiro está comprando respirador neste momento. Antes da crise, a demanda brasileira por ventiladores era de duas mil unidades por ano, número irrisório frente à explosão na demanda por causa do coronavírus.

Apenas quatro empresas fabricam esses equipamentos no Brasil: 
Vyaire (Cotia-SP)
Takaoka São Paulo)
Leistung (Jaragua do Sul -SC) 
Magnamed (Cotia-São Paulo). 

Além delas, multinacionais como GE, Philips e Medtronic distribuem aparelhos importados, pouco acessíveis no momento, em face da demanda global.

Nesta semana, autoridades médicas da Itália pediram quatro mil unidades a fabricantes internacionais, mas só conseguiram 400. Cada aparelho custava antes da crise entre R$ 40 mil e R$ 200 mil.

Sem os ventiladores, e a considerar a evolução de infecções no Brasil similar à de países como Itália e Espanha, equipes de emergência poderão se ver obrigadas a escolher, em um futuro não tão distante, quais pacientes ocuparão os leitos disponíveis com ventilador mecânico — enquanto outros acabarão deixados com cuidados paliativos ou à própria sorte. (dados O Globo)

Blog: É a vida...ou não. Estima-se que em Itajubá estariam disponíveis cerca de 40 unidades. Claro, que para atender toda a micro-região.

Oremos.

Viver é Perigoso

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