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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

CARTA QUE NÃO ESCREVI


Carta publicada (e não enviada) em agosto de 2014.

Itajubá, 11 de agosto de 2014

Senhores da Administração Municipal,

Fiquei sabendo que alguns dos seus assessores da Prefeitura Municipal costumam, vez por outra, passar os olhos neste espaço. Rogo que transmitam este post para a autoridade responsável.

No início dos anos 50, meu avô Jayme Riera, então proprietário da Padaria Boa Vista, doou para o Município o banco de jardim, cuja foto está publicada acima. 

O banco foi instalado na Praça Cesário Alvim, mais tarde denominada Praça Theodomiro Santiago, ou seja, a nossa Praça Principal. 

Quando estudante de engenharia, ainda no prédio central, sempre passava pela Praça e diariamente "vigiava" o banco da Padaria Boa Vista. 

Formei-me, fui embora e...num triste dia, de volta à cidade, procurei-o e não o encontrei. Sumiu de lá. Possivelmente por retaliação de algum político, então com poder. Nesta terrinha vale de tudo. 

Garimpando, durante a administração anterior, localizamos o banco fixado no Bairro da Varginha, quase em frente ao Bar (peixe) colado ao muro do 4º BE Comb. 

Na época não havia clima para pleitear nada. Hoje não sei, mas vou tentar. 

Como faz parte da história da Boa Vista, gostaríamos de transferi-lo para cá (ficando sob nossa guarda), propondo a sua substituição imediata por outro equivalente sem qualquer ônus para a Prefeitura. 

Aguardo autorização. 

Atenciosamente, 

Edson Riera

Atualizando:

Atenderam. Há tempos transferiram o "banco do Vô" para a Pracinha Fructuoso Vianna, onde se encontraria praticamente abandonado, não fosse a companhia de outros seis bancos doados, há séculos, ao município, pela Imperial Móveis, Casa Radio Rei, Broca e Cia (Ford), Sociedade dos Materiais (fone 35), Irmãos Santos (gráfica e foto) e Citi-Halo (Anisio Hadadd ).   

Como sabem, por estas bandas não se apegam a preservação da memória.

Mas se encontram em estado de abandono. Por razão presumível,  o "banco do Vô" é o único objeto de vandalismo (pichado). 

Consulto mais uma vez sobre a possibilidade de substituí-lo por um novo, também sem nenhum ônus para a prefeitura, para que seja preservado em local protegido. 

Entendam...sabem como é...trata-se de quase de um bem de família.

Viver é Perigoso  

Um comentário:

Anônimo disse...

Requisite o banco pra vc, q tal colocar na calcada, ou na pracinha da igreja sao jose, ai na boa vista.