Contam velhos políticos que, à época da edição do AI-5, em 1968, o vice-presidente e jurista mineiro Pedro Aleixo não concordou inicialmente com o ato. Temia o que ele representaria.
- “O senhor está com medo de mim, dr. Pedro?”, teria perguntando o presidente, general Costa e Silva.
- “Do senhor, não. Tenho medo é do guarda da esquina”, respondeu Aleixo.
E de fato, a partir daquele dia, toda esquina, real ou imaginária, passaria a ter um guarda carrancudo a espreitar cada ato cidadão.
Os arroubos autoritários que começam em Brasília e repercutem no interior de Minas são expressões de um espírito ditatorial a emergir no país. Nos últimos tempos, autoridades em todos os níveis não têm hesitado em usar o poder de seus cargos para impor (ou tentar) a sua visão ou regra.
No país, a cada dia se revela um ditador com sua edição pessoal de AI-5.
(Extraído do NI)
Viver é Perigoso
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