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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

DEVE TER DOÍDO TANTO QUANTO


Sei não, mas para o Lula, o pedido de progressão do regime feito pela Lava Jato deve ter doído tanto quanto da condenação. Ou mais.

A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba pediu hoje à Justiça que seja concedida a progressão de regime para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido, com base em contagem de prazos e no bom comportamento do ex-presidente, foi remetido à juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Penais do Paraná, e será comunicado também ao relator dos casos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin.

Pensando alto, com essa "zona judiciária e política" estabelecida em Brasília iriam soltar todos os condenados mesmo, então vamos adiantar e soltar nós mesmos. Não vai parecer conquista, mas sim dó. 

Todos os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba assinam o pedido: Deltan Dallagnol; Januário Paludo; Antonio Carlos Welter; Orlando Martello; Paulo Galvão; Júlio Carlos Motta Noronha; Roberson Henrique Pozzobon; Juliana de Azevedo Santa Rosa Câmara; Laura Gonçalves Tessler; Athayde Ribeiro Costa; Jerusa Burmann Viecili; Marcelo Ribeiro de Oliveira; Felipe D'Élia Camargo; Antonio Augusto Teixeira Diniz e Alexandre Jabur.

Pois é...

Viver é Perigoso

PRÁ PENSAR


Mais uma discussão da vida real...

O que decidir perante um paciente oncológico com doença muito avançada e sem possibilidades terapêuticas?

Pacientes lutam pelas suas vidas durante todo o tempo, assim como seus familiares e as equipes multidisciplinares responsáveis.

Mas quando decidir sobre o fim dessa luta?

Esta decisão pode significar o fim de um sofrimento, assim como a continuação de uma luta em vão. Podemos interpretar que o paciente deve passar por isso ?

Mas quais são os limites ?

Até onde devemos seguir com as terapêuticas, às vezes tão agressivas e deletérias como a própria doença ?

Até que ponto podemos interferir ?

Na maioria das vezes o paciente se encontra em uma situação tão delicada a ponto de não ser capaz de decidir...

Onde fica a esperança?

Há interesses materiais envolvidos ?

Sei que devemos deixar a cargo das Esferas Superiores tais decisões... Provas ? Expiações ?

A vida humana é preciosa, mas também frágil...

A experiência de mais de 20 anos de UTI é fascinante, não apenas quanto ao progresso da ciência, da própria medicina, da evolução dos Hospitais, mas só vem a confirmar que lidar com o ser humano é a principal dificuldade....

Para refletir !!!!

Dr. Fernando Brunori

Viver é Perigoso

MOMENTOS MÁGICOS



Viver é Perigoso

BOND GIRL BRASILEIRA


Manuela, a única Bond girl brasileira da história faz uma pequena participação no 11º filme da franquia. Interpretada pela atriz arubana Emily Bolton, que depois seguiu carreira na TV, em séries como "Space: 1999" e "Capital City", ela é o contato de Bond no Rio de Janeiro, na missão em que o agente precisa destruir orquídeas negras capazes de acabar com a humanidade.

Pois é, a única Bond girl brasileira era de Aruba.

Viver é Perigoso

LOS CHICANEROS

Viver é Perigoso

NÃO DEVE SER APROVADO NEM A PAU



A vereadora Marcela Mary dos Santos Monteiro (PV) da cidade de Borda da Mata apresentou um Projeto de Lei para acabar com a disparidade entre o salário de vereador e de professor, reduzindo em 51% o salário dos vereadores para equiparar com os vencimentos de um professor do ensino fundamental.

Os vereadores de Borda da Mata, no Sul de Minas, têm duas sessões ordinárias por mês. Cada reunião dura, em média, 30 minutos. O salário mensal de cada parlamentar é de R$ 3.061,80, bruto.

Já um professor de ensino fundamental da cidade trabalha 25 horas semanais, ou seja, cerca de 100 horas por mês, e tem um salário base de R$ 1.598,58.

O presidente da Câmara, Benedito Delfino de Mira (PSDB), disse que o projeto deverá ser apreciado em única votação na reunião do dia 11 de outubro. Para ser aprovado, o projeto precisará receber 6 votos, dos 11 vereadores. Se passar, o salário dos vereadores da próxima legislatura 2021/2024 será de R$ 1.500.

O presidente da Câmara afirma que seria a favor de que os vereadores fossem remunerados pelo dia de serviço trabalho. “Meu pai foi vereador 50 anos atrás. Naquela época, eles só recebiam o dia de serviço. Eu era a favor de que, cada reunião que fosse, poder ganhar R$ 100, que é o dia de serviço, e pronto”.

Viver é Perigoso

FUTURE-SE


Muito discutido, o Programa Future-se do Ministério da Educação tem o objetivo de dar autonomia financeira a universidades e institutos federais por meio do fomento à captação de recursos próprios e do empreendedorismo.

A adesão é voluntária.

Pesquisa feita e publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo"  mostrou que a maioria das 63 universidades federais decidiu não aderir ao programa. Para ser preciso, vinte e sete  universidades federais já decidiram não aderir ao Future-se. Entre elas, cinco situadas em Minas Gerais: UFMG/UFJF/UFSJ/UFOP/UFU.  Sete delas têm posição crítica, entre elas, Unifal e UFVJM de Minas Gerais. Vinte e sete ainda não se decidiram. Duas delas não responderam.

A nossa Escola, ou não se decidiu ou não respondeu.

O Future-se passou por consulta pública e o MEC espera finalizar o Projeto de Lei, ainda em Outubro, para ser enviado ao Congresso.

Repetindo, a ideia do Future-se é a captação de recursos próprios pelas instituições e a gestão por meio de OSs - Organizações sociais no ensino superior público.

É notório que o clima entre os dirigentes de universidades e do MEC não é de harmonia. Pelo contrário.

Viver é Perigoso  

RETRATO EM PRETO & BRANCO


De modo geral a gente acaba ficando sem paciência para ler as opiniões de pessoal de esquerda. Entende-se que a maioria perderam benesses com o novo governo. Ou fazem parte de uma minoria ou têm amigos e conhecidos enquadrados nela.

Mas é saudável lermos e analisarmos sobre o que pensam pessoas preparadas e equilibradas, mesmo que não concordamos na totalidade com os seus posicionamentos. 

Caso da coluna da Elena Landau hoje no Estadão.

"Em seu discurso na ONU, Bolsonaro foi ele mesmo. Em tom quase belicoso confirmou, com orgulho, os desacertos das suas políticas internas e externas. Mais um constrangimento que se junta à lista que marca sua presidência. A lista é longa e ampla nos temas, do desrespeito aos direitos humanos à negação da ciência, o festival é assustador. A começar pelo pouco apreço à vida dos seus “inimigos” – dos esquerdistas aos presos comuns –, refletido nas suas homenagens a ditadores e torturadores, e o aplauso à degola em presídios.

Bolsonaro transforma em inimigos todos que divergem de suas convicções. Há limitação à liberdade de expressão, abandono do compromisso com um estado laico e demonização da mídia, nacional e internacional. Revela enorme preconceito com sua obsessão com homossexualidade e questões de gênero. Na cultura, ele ignora artistas reconhecidos, como fez com o prêmio Camões dado a Chico Buarque, ou na indiferença com a morte de João Gilberto. Como o exemplo vem de cima, o diretor da Funarte se sentiu à vontade para ofender Fernanda Montenegro. Na sua visão, os comunistas estão por todos os lados, crescendo de forma inversamente proporcional à piora da avaliação do governo.

O presidente vai radicalizando no discurso autoritário, se recolhendo ao grupo que, quase religiosamente, ainda o apoia. Aos amigos, tudo. Cargos são distribuídos sem critério além da fidelidade absoluta, gerando o que se vê na condução dos Ministérios da Educação, Relações Exteriores e Meio Ambiente. Para a família não há limites. A ocupação do governo com pautas pessoais é evidente. A intervenção nos órgãos de fiscalização, como Coaf, Receita e PGR, ou a tentativa de afastar o diretor-geral da Polícia Federal, foram feitas quando tais instituições chegaram próximas dos seus. Não enrubesceu ao indicar o filho como embaixador, apesar do seu despreparo, confirmado pelas rotineiras postagens nas redes sociais.

Nem a ciência escapa. O terraplanismo domina ações públicas implementadas com base em achismos. Bolsonaro acaba, numa canetada, com anos de experiência acumulada em diversas áreas, como o uso da cadeirinha para crianças nos carros e os ataques ao Inpe. E o Brasil vai virando piada, isolado e retirado dos debates mais relevantes na economia mundial, do acordo UE-Mercosul à Cúpula do Clima na ONU. Seu discurso reforçou esse caminho.

O obscurantismo das ideias do presidente poderia ser apenas tema de paródias, se ele fosse uma rainha da Inglaterra. O tratamento dispensado a quem dele discorda é grave. Ameaças explícitas ou veladas levam à autocensura em diversas instituições, consequência do um instinto de preservação, ou covardia, de alguns funcionários públicos. Ninguém escapa, nem mesmo o alto escalão ministerial, como mostra a passividade dos ministros Moro e Guedes às intervenções nas suas áreas. Essa censura silenciosa que afeta a Receita Federal ou a cultura, em tão pouco tempo de governo, é um retrocesso democrático claro. Calar a divergência, a crítica, o debate é o caminho para o autoritarismo.

Há quem ainda argumente que uma suposta agenda econômica liberal compense tudo isso. Esse discurso não faz sentido algum. A economia vai mal, com crescimento medíocre e desemprego elevado. O Executivo está confuso e inoperante. A reforma da Previdência só andou porque a Câmara assumiu o protagonismo, como vem fazendo com a reforma tributária. 

A abertura comercial não veio e se resume a concessões de ex-tarifários, regime em que a redução de tarifas se aplica a bens sem produção nacional, e é continuidade de uma política que até Dilma praticava. A privatização não existe para além do anúncio de uma lista tímida de empresas. A reforma do Estado até o momento é um conjunto de ideias colocadas de forma desorganizada na mídia. O novo pacto federativo é um mistério a ser desvendado.

Tendo entregue bem menos do que prometeu, nem mesmo Guedes está protegido dos humores de Bolsonaro, que anda impaciente com a falta de recursos para investir. Foi obrigado a demitir Marcos Cintra por conta da CPMF, tributo de seu gosto e que, aliás, continua defendendo. As promessas já não encontram o mesmo eco na sociedade. Como o menino pastor que gritava lobo, a credibilidade vai sendo perdida.

Ainda que a economia estivesse indo de vento em popa, e uma agenda verdadeiramente liberal estivesse em curso, nada justifica ignorar os arroubos autoritários de Bolsonaro. Sem democracia não há liberalismo, que é muito mais que uma receita econômica. Não existe a separação entre economia e o resto. O chamado milagre econômico dos anos militares, que terminou com hiperinflação e a pior distribuição de renda do mundo, não apaga as monstruosidades cometidas, nem justifica o AI-5, como querem alguns."

Elena Landau

Viver é Perigoso

PÔ, JANNOT !!!

Rodrigo Janot, que está escrevendo um livro sobre sua gestão como PGR, disse ao Estadão que foi armado ao Supremo para matar o ministro Gilmar Mendes.

“Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar.”

O ex-PGR explica que saiu do sério quando Gilmar espalhou uma história mentirosa envolvendo sua filha.

“Foi logo depois que eu apresentei a sessão (…) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal… e aí eu saí do sério.”

O Antagonista

Viver é Perigoso