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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

OUI MONSIER !


Sobre a Amazônia Francesa: Um pouco sobre o território da Guianas, possessão francesa tão bem cuidada e admirada pelos europeus. A Guiana Francesa é o segundo maior departamento da França, com uma área total de 83.534 km2

A Ilha do Diabo (Île du diable) é uma ilha da Guiana Francesa. Atá 1946 era uma colônia penal onde os presos considerados mais perigosos cumpriam pena. Para o governo francês, o território servia para punir os prisioneiros da pior forma possível: isolados, confinados num lugar de difícil acesso, os homens que ficavam ali presos dificilmente conseguiam escapar, já que a ilha é de difícil acesso, em virtude de seus penhascos, e suas águas são infestadas de tubarões. Além disso, a Guiana Francesa serviu de território para onde eram mandados os inimigos políticos dos conturbados anos do pós-Revolução Francesa.

Do conhecimento de todos o "Caso Dreyfus". Alfred Dreyfus era de família de origem judaica e veio de uma cidade que fazia fronteira com o território da Prússia e era considerado de personalidade segura e reservado, curioso, inteligente e observador. Foi acusado de passar informações secretas às polícias estrangeiras da Alemanha. De 19 a 22 de Dezembro de 1894, Dreyfus foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo.

No dia 13 de janeiro de 1898, o escritor Émile Zola escreveu e publicou no jornal "L´Aurore", com tiragem de 300.000 exemplares, o artigo (em forma de carta) "J´acuse". Neste artigo ele acusava todo o alto escalão do exército, culpando-os pela acusação de Dreyfus e, com isso, ele os provoca para que possam ir à julgamento e, assim, pudessem ou inocentar Zola ou condenar todo o alto escalão.

Tribunal se reúne e decide pela cassação da sentença com um placar unânime. Anistiado por ordem do Executivo, deixou a prisão e foi oficialmente reabilitado em 1906

Como curiosidade e por ser muito importante, registre-se que em 7 de janeiro de 1895, dias depois da condenação, Ruy Barbosa, que estava em Londres e era colaborador no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro escreve texto, publicado em 3 de fevereiro, tornando-se o o primeiro defensor do capitão Dreyfus. 

Também, o  livro Papillon, de Henri Charrière, mais tarde transformado em filme (em 1973, com Dustin Hoffman e Steve McQueen) retratou o cotidiano desses condenados e o tratamento brutal ao qual eram submetidos. O livro autobiográfico conta a famosa fuga de Papillon em 1935, preso injustamente na Ilha do Diabo.

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