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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

PELO TELEFONE


Sou admirador de longa data do jornalista e escritor Ruy Castro. Imagino ter lido todos os livros que publicou. Politicamente é outra coisa. Não afino com os seus pensamentos.

Ruy Castro está lançando um livro que promete. "Metrópole à Beira Mar ". Cia das Letras com 528 páginas, onde busca reconstruir a história do Rio de Janeiro a partir de centenas de biografias. (estou comprando, vou ler e comentar).

Em entrevista publicada hoje no Caderno 2 do Estadão, ele cita a famosa Tia Ciata, em cuja casa na Praça Onze nasceu o primeiro samba gravado no País: "Pelo Telefone", de Donga e Mauro Almeida, lançado em 1917.

Declara Ruy Castro: "...o marido da Tia Ciata, era o macumbeiro oficial do presidente Wenceslau Braz. " 

Pesquisando, encontrei : Hilária Batista de Almeida, conhecida como Tia Ciata, era baiana de 1854. Veio para o Rio de Janeiro, onde foi cozinheira e mãe de santo. É considerada uma das figuras mais influentes para o surgimento do samba carioca.

Ficou registrado que Tia Ciata era curandeira de autoridades conhecidas. Conta-se que ela teria ajudado o então presidente da República Wenceslau Braz com um machucado na perna que não cicatrizava.

Num dos mais prestigiados terreiros do Rio de Janeiro, o terreiro de João Alabá, ela teria incorporado um Orixá que disse aos presentes haver cura para a tal ferida e recomendou a Wenceslau Brás que fizesse uma pasta feita de ervas que deveria ser colocada por três dias seguidos sobre a ferida. 

Quando a ferida foi curada, o presidente teria lhe garantido qualquer pedido, mas Tia Ciata teria pedido um emprego no serviço público para o marido, por conta da numerosa família que tinha.

É a história.

Viver é Perigoso

Um comentário:

Anônimo disse...

Ta certa.
Eu pediria um emprego de juiz em Pernambuco, ou promotor em Minas.
H. Finn