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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

MAMÃE EU QUERO

Nas últimas eleições (presidente, deputados e senadores) o famigerado Fundo Eleitoral, dinheiro público repassado aos partidos, foi de R$ 1,7 bilhões.

Imaginava-se que para o próximo ano, com eleições municipais (vereadores e prefeitos), o valor seria menor ou no mínimo igual. 

Dentro do espírito vivaldino que rege os políticos brasileiros no trato de recursos públicos, os sempre gulosos representantes do povo, sabiam que, se mantido o valor de R$ 1,7 bilhões as críticas viriam fortes. Então, como estratégia manjada, falaram no estratosférico valor de R$ 3,8 bilhões. As críticas, como não poderia deixar de ser, espoucaram.

De bom coração, entenderam o protesto público e num gesto extremo de grandeza, reduziram a bolada para R$ 2 bilhões. 

O povo e a mídia respiraram aliviados e no fundo devem ter murmurado: Ah bom !

Muitos dos eleitores estão confundindo esse Fundo Especial de Financiamento de Campanha (R$ 2 bi), com o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, que se suga verbas predominantemente públicas com alguma coisa de verbas privadas.

O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos teve, aprovado pelo Congresso Nacional em 2019, o montante de R$ 927.750.560,00.

Interessante que apenas migalhas dessa fortuna chegam no interior. Parcela fica nas capitais e outra maior evapora-se. Desconfia-se que empregada na cultura de laranjas.

Estamos lascados.

Viver é Perigoso 

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