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quinta-feira, 30 de maio de 2019

CAVEIRA DE BURRO


No jornal IN da semana passada o Senhor Prefeito Municipal afirmou ser fake a notícia corrente na internet sobre a possibilidade da saída da Mahle da cidade de Itajubá.

É fato público que a maior empresa da cidade se preocupa e muito com a paixão aterradora do Prefeito pela Várzea do Ribeirão Piranguçu.

A empresa está na cidade desde quando era Cofap e continuará.

O Prefeito tem mais um ano e meio de governo e depois ninguém, além dele, sabe se continuará militando na política ou não.

O que poderia acontecer, na visão dos pessimistas ou realistas, seria uma suspensão, por parte da empresa, de eventuais projetos de expansão, não avanço na modernização de linhas e discreta transferência de produção de alguns componentes para unidades menos sujeitas a chuvas, trovoadas e consequentes enchentes. Custando algumas centenas de empregos e nada mais. Coisa de pequena monta na visão dos otimistas.

Já o jornal "O Sul de Minas" desta semana, mata a cobra e mostra o pau. Está lá publicada, tecnicamente, inclusive com fotografias a posição contrária da empresa em relação a reforma do Plano Diretor proposto pelo Executivo Municipal. 

Chama também a atenção dos leitores o Editorial do "O Sul de Minas" : A obscura, nebulosa e estranha  venda do prédio da Alteco na entrada do Distrito Industrial. 

A propriedade, passando na ocasião por desacertos na questão de preço de venda, sofreu  por uns dias uma desapropriação oficial pela Prefeitura (publicada na imprensa), Tal ato foi suspenso, inexplicavelmente, dias após. 

As dificuldades negociais foram superadas e a venda para empresários locais concretizada. 

Nada mais, nada menos, o episódio se tornou em mais uma caveira de burro enterrada na terrinha.O tempo dirá.

Em tempo: Placa indica a instalação de mais um supermercado atacadista na ex-Alteco no futuro Distrito Comercial. O ABC já ocupa o que foi a Núcleo Tecnologia e parte da Higident. 

Viver é Perigoso

4 comentários:

Anônimo disse...

Pois é substituímos indústrias por comércio. Será que é por aí o caminho? Que tão decantado investimento em tecnologia isso representa?

Edson Riera disse...

Caminho

O comércio físico está com os dias contados. No interior ainda levará tempo.

Zelador

Anônimo disse...


Não muito, caro bloqueiro.
Já é possível a compra pela internet e retirada em loja física, temos vários exemplos na terrinha, começou pelas grandes lojas e até nas farmácias já encontramos essa facilidade.
Fico imaginando o impacto no comercio local após a inauguração das Lojas Americanas (que no final das contas também representa Shoptime e Submarino), onde grande parte do que é vendido pela internet pode ser retirado na própria loja.
Imagino que no projeto da atual administração em transformar Itajubá em cidade dormitório tudo isso esteja seguindo conforme planejado. Oremos!
Luciano

Edson Riera disse...

Caro Luciano -

É a realidade.

Dá vontade de sentar na beira da calçada e chorar lágrimas de esguicho, como dizia o Nelson Rodrigues. Há 20 anos foi traçado um projeto de desenvolvimento de Itajubá baseado na C&T. Uma maravilha, quando pouca gente via o mundo como hoje. Na arrancada, o atual grupo político (com o Sr. BPS) venceu as eleições e destruiu, por não entendimento e ciúme, tudo o que vinha sendo feito. O tempo não perdoa.
Acanhados vimos o pessoal confundir Parque Tecnológico com Parque de Diversões perto de tecnologia (unifei). Ou de onde você acha que saiu o atual parque ?
Por falta de "jogo de cintura" perdemos várias empresas de base convencional que proporcionam empregos intensivos, fundamental para o equilíbrio.

Apostam em startups, sem apostar que o "clima" para que desenvolvam é fundamental. É difícil.

Talvez seja a hora de "calçar a cara" e assumir a condição de cidade boa e interessante para criar a família e lutar desesperadamente para viabilizar parcerias para duplicar a BR-459 entre a terrinha e a Fernão Dias. Teremos acesso mais fácil e rápido aos empregos e desenvolvimento. Temos que pensar em aceitar a navegar na esteira deixada por Pouso Alegre e Extrema.

O balanço é triste. Nenhuma empresa nova foi criada nos últimos anos. Várias foram fechadas. A Faculdade de Medicina praticamente vendida. O PS da Santa Casa Fechado, a construção do campo de pouso (hoje inviável) paralizada. O laboratório de extra-alta tensão do Senai ??? Choques diretos com a Mahle. Câmara de Vereadores com 12 oradores de améns.

Sobra o parque, cinema e teatro. Tirando o teatro (foi uma troca com o prédio da Cabelte), os outros seguem cheios de denúncias e de pedidos de explicações que um dia terão que ser dados.

Realmente,

Oremos

Zelador