Divulgado, entre editores, o esperado plano de recuperação judicial da Livraria Cultura.
Proposta chega a ser assustadora para os credores:
1 - Para os credores que deixaram de fornecer livros para a Cultura:
A rede quer quitar as dívidas com editores em 48 parcelas trimestrais, que começariam a ser pagas só dois anos após a homologação do plano pela Justiça —no total, isso dá 14 anos de prazo - pedindo um perdão de 70% da dívida.
2 - Para os credores "incentivadores" - aqueles que não deixaram de fornecer para a Cultura o plano os divide em dois tipos.
2.1 - Para o primeiro, a proposta é um perdão de 25% da dívida - o prazo é o mesmo. A livraria enquadra nesse grupo quem já forneceu ou fornecerá títulos de 1º/12 até 30 dias depois de a Justiça homologar o plano.
2.2 - No segundo grupo, em uma cláusula que parece criada sob medida para a Companhia das Letras, estão aqueles que não interromperam a venda de livros entre outubro e novembro do ano passado, período crítico de atritos entre editores e a rede. Para esses, o prazo é igual, mas não há proposta de perdão da dívida.
(Deu na Folha)
Viver é Perigoso
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