Que a administração pública de Itajubá é a mais fechada à informações, não pode restar a menor dúvida. De uma forma outra, exceto por um tradicional, heroico e sobrevivente jornal da cidade, nenhuma ou raríssima observação/questionamento (às vezes escapa) se publica, nada se comenta e nada se esclarece.
Basta tomar conhecimento sobre as dezenas (ou seriam centenas) de pedidos de informações solicitados pelos Senhores Vereadores Independentes da Câmara Municipal ao Executivo. E mais, o números de ações em andamento no Ministério Público. Isso é fato e ponto.
Mas uma coisa assusta e anima: O jornal "Estadão" afirma hoje em manchete, que uma em cada três cidades no País fechará o ano no vermelho, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios.
Apesar de Itajubá, como Boituva-SP, tenha decidido, encerrar o ano mais cedo (aqui, como lá, apenas os serviços essenciais serão mantidos), na terrinha têm-se a impressão que as contas estão em dia e inclusive, obras não teriam sido paralisadas.
Não se ouve reclamações por atraso de salários e atraso na quitação do 13º salário. Em raras entrevistas aos órgãos controlados, os administradores e os poucos assessores que têm acesso a mídia, confirmam, até entusiasticamente, que tudo vai bem.
Tudo bem, que se fecham em copas quando é abordada a questão geração de empregos. Passou a fase das famosas indústrias que estariam chegando na cidade (uma chinesa, outra americana e uma européia). O entusiasmo também já se esvaiu sobre a explosão de startups, painéis solares e laboratórios.
Como que compensando, alguns secretários e o próprio chefe do executivo, derrapam ao chamar para a administração investimentos particulares, como abertura de supermercados e cinemas. Mas até entende-se.
Finalizando: Como costumeiramente parcos em elogios, não restará a alguns endereços "incabrestáveis" da internet, admitir e até, num esforço supremo, aplaudir a gestão econômica da cidade.
Até aqui, tudo indica, diferente do que se passa na grande maioria de municípios do Brasil, sobreviveremos com méritos.
Continua faltando apenas a necessário transparência.
Viver é Perigoso