Já dizia, ou não, um antigo compositor baiano:
"Atenção
Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
Atenção para as janelas no alto
Atenção ao pisar o asfalto, o mangue
Atenção para o sangue sobre o chão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte"
Muito difícil viver no setor público durante um período de transição. Uns poucos percebem as mudanças. A maioria não.
Quem tem a sensibilidade para perceber o momento enfrenta grandes ondas e sai surfando nas cristas.
Quem não tem, segue deixando correr livre, leve e solto cercado de assessores incapazes de desagradar, de apontar riscos e vivendo de aplaudir. Dá no que está dando.
Acontecendo nessa era de solicitações de informações negadas, denúncias oficializadas, investigações demoradas e indiciações bombásticas, perfis são levados de roldão com o agravante da provocação de desgastes que serão carregados por uma vida.
E o mais comum dos enganos: Quem culpar ? Vereadores independentes e operantes ? Não, pois são poucos e estão cumprindo suas funções. A imprensa escrita e falada ? Como se conta com uma raríssima exceção ? Forte política opositora ? Como, se seria formada por entregadores de bolas de futebol e meia dúzia de gatos pingados invejosos e aposentados?
Apenas um episódio fortuito ? Sabemos que não. Muitos outros capítulos estão em andamento.
A saída é uma só: Explicar, justificar, admitir falhas, corrigir e seguir adiante com cuidado e transparência total.
Claro que não é nada fácil, ainda mais num ano eleitoral.
É a vida...
Viver é Perigoso