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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

MOMENTOS MÁGICOS



Viver é Perigoso

GRANDE CAMPEÃ DO CARNAVAL NA TERRINHA


Os esforçados blocos, Varada Nágua, Gafonhoto Verde e Domésticas Elegantes, ou nomes parecidos, perderam longe.

A grande campeã do carval itajubense foi a serie espanhola La Casa de Papel que desfilou invencível na Netflix.

Conta a história de um assalto com reféns na Casa da Moeda e Selos, a instituição que produz o dinheiro espanhol. Hoje, La Casa de Papel é um dos maiores sucessos não norte-americanos da Netflix.

Segundo o jornal El País, a série logo seduz com um começo muito potente. O golpe perfeito. Você não rouba ninguém. Entra, faz seu próprio dinheiro e sai. 

Mas o plano, como se pode imaginar, não demorará para fazer água. 

O primeiro capítulo apresenta a situação e os personagens com minutos iniciais marcantes. Pouco depois temos os ladrões e os reféns dentro da Casa da Moeda. E os policiais do lado de fora, rodeando o edifício. Agora é hora de jogar a partida.

No carnaval, uma das fantasias da moda foi o traje dos assaltantes da série, com macacão vermelho e máscara de Salvador Dalí. 

No país, há ansiedade pela estreia da segunda temporada, em abril, e não faltou quem compartilhasse maneiras para ver o restante no canal original espanhol.

“Quero as máquinas funcionando 24 horas. Chiki pun chiki pun", diz um personagem no início da série. Ele se referia às máquinas que imprimem dinheiro na série. Na vida real, são os servidores da Netflix que não param. 

La Casa de Papel já é o golpe perfeito.

Viver é Perigoso

E NÓS, Ó !!!


O Fundo Partidário, que deve distribuir R$780 milhões este ano, já rendeu aos partidos R$64,5 milhões apenas em janeiro. 

O PT de Lula continua a ser o maior beneficiado: faturou R$8,2 milhões em apenas um mês.

O PSDB do senador Aécio Neves: R$7,11 milhões.

O PMDB de Michel Temer e Renan Calheiros é o terceiro partido que mais dinheiro levou do Fundo Partidário, em janeiro: R$6,91 milhões.
 
Para piorar, o Congresso aprovou a reforma política, em 2017, criando o “fundo eleitoral” que vai dar aos partidos ao menos R$1,7 bilhão.

A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Viver é Perigoso

ENTERRADA A REFORMA NA PREVIDÊNCIA


Deu no Poder360

Consequência imediata da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro:

Segundo o artigo 60, parágrafo 1º da Constituição, enquanto vigorar o decreto de intervenção, o Congresso não pode aprovar qualquer mudança na Constituição:

Art. 60.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

A consequência mais óbvia dessa determinação é que fica enterrada a proposta de emenda constitucional que pretendia fazer uma reforma da Previdência Social no país.

O texto que muda o sistema de aposentadorias está em discussão há mais de 1 ano no Congresso. O debate sobre o assunto seria formalmente aberto no plenário da Câmara na semana que vem, no dia 19 ou 20 de fevereiro. A ideia propagada pelo Planalto era de levar o projeto a voto ainda neste mês, possivelmente no dia 28. Essa estratégia agora está suspensa.

Os líderes do Congresso têm repetido que a reforma da Previdência só tinha chance de ser aprovada em fevereiro. Depois, a agenda política-eleitoral tomaria conta do país e propostas polêmicas não poderiam mais ser analisadas pelos deputados e pelos senadores.

O Poder360 apurou que a nova conjuntura, com a intervenção federal no Rio de Janeiro, será a deixa para o Palácio do Planalto abandonar de uma ver os esforços para aprovar a reforma da Previdência.

Blog:  Cansamos de ouvir que se a reforma da previdência não fosse aprovada, o País quebraria. Então, se for verdade, estamos lascados. Segundo, a segurança pública do Estado do Rio de Janeiro passará a ser bancada por todos os brasileiros.

Viver é Perigoso

INTERVENÇÃO FEDERAL NA SEGURANÇA DO RIO DE JANEIRO


Reflexões para o futuro - Publicada no Viver é Perigoso em 28 de novembro de 2010. O futuro chegou.

Em 1993 (há 25 anos), quando da comemoração dos seus 25 anos, a revista "Veja" presenteou os seus assinantes com um livreto contendo "reflexões para o futuro", com artigos de diversas personalidades. Ontem, dando uma geral na papelada, deparei com o livreto, dei uma olhada, e anotei trecho escrito pelo Zuenir Ventura. 

"...Correndo por fora, existe uma camada geográfica e socialmente periférica, desvalorizada pela mídia, preocupação apenas de antropólogos e sociólogos e sempre vista com suspeição pela polícia. Esses milhares de jovens habitam a periferia das grandes cidades, formando um grupo literalmente marginal. Só no Rio, por exemplo, são quase 2 milhões reunindo-se todos os fins de semana para, à sua maneira, se manifestar numa furiosa comunhão feita sem palavras, de sons e gestos: os bailes funks. São conhecidos como funkeiros por causa da preferência musical, mas possuem características que reforçam um perfil de geração: inconformismo, identidade grupal, capacidade de mobilização e até uma visão particular do mundo. Admiram como heróis líderes do crime organizado, mais por desapreço a todos os outros e menos por engajamento na violência, que cultuam sobretudo simbolicamente, através de liturgias catárticas e semanais. Vestem-se com grifes caras, gostam de copiar o uniforme dos surfistas, que odeiam, e calçam Nike tipo Air. Não chegam a considerar os "caras pintadas" como inimigos, mas têm por eles um grande desprezo. quando se perguntou a um deles porque seu grupo não tinha participado das passeatas pelo impeachment do presidente Collor, a resposta foi que isso era coisa de 'mauricinhos'.
Não se conhece dessas galeras nenhuma manifestação política do tipo convencional. nem assembleias, nem passeatas, nem protestos, apenas uma rebeldia vândala e anárquica, sem consciência política ou de classe. suas demonstrações ainda não foram codificadas. A mais importante ocorreu num domingo de 1992, quando o país se espantou com as imagens que viu na televisão. Era uma espécie de paródia de mau gosto das manifestações estudantis - uma anti-passeata: o arrastão. O grupo de adolescentes que invadiu as praias da zona sul, espalhando o pânico, formava um comando de vanguarda com a mensagem da periferia. A expedição, mais lúcida que bélica, não chegou a provocar saques ou vítimas, mas um medo apocalíptico. a paranoia, a visão de uma tão aguardada invasão bárbara, transformou em ritual selvagem o que ainda era apenas coreografia da violência, diagrama de uma conquista possível, mas não imediata. Era a tomada de um território "inimigo", feita de maneira virtual e provisória, meio simbólica. como disse um dos participantes, de 16 anos, "nós só queria arrepiar os bacanas, mostrar que a praia não é só deles."
A questão para o Brasil em fase de sucessão geracional é saber se vamos continuar temendo a periferia como filho bastardo. Ela tem força real."

Zuenir Ventura 

Viver é Perigoso