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quarta-feira, 25 de abril de 2018

NOSSA ESCOLA - AS DIVERGÊNCIAS


Estudantes da Universidade Federal de Itajubá do campus de Itabira mantêm a mobilização mesmo com todo aparato repressivo e as tentativas de intimidação. Como exemplo, eles citam o caso de uma mensagem enviada aos alunos por e-mail, recomendando uma série de procedimentos que devem ser evitados pelos servidores nas redes sociais e em manifestações públicas. 
“Se é uma norma de conduta para os servidores, por que então foi enviada para todos os alunos?”, questiona um estudante do coletivo Democratiza Unifei.

“Vamos lembrar o aniversário de dez anos do campus de Itabira, ocorrido no dia 22 deste mês e que passou em ‘branco’ pela diretoria, assim como reforçar o nosso protesto pela ausência de democracia”, adianta.Segundo ele, essas tentativas de intimidar o movimento estudantil acabam por virar uma “bola de neve”. Tanto é que para esta quarta-feira (25), às 12h, eles prometem realizar mais um ato público no espaço do coletivo 4ª Arte.

“Quanto mais o reitor se nega a tratar do assunto diretamente com os alunos, explicando a sua decisão contrária à vontade da maioria, mais ele fortalece o nosso movimento”, considera.

“A conversa que vazou foi que reitor teria dito não ter nomeado o professor Gilberto Cuzzuol (primeiro colocado na consulta pública) por ele ter feito campanha contra a sua eleição. Foi, portanto, uma escolha política e de retaliação. Desde que houve a democratização do país, pela primeira vez a reitoria deixa de acatar a vontade da maioria expressa em uma consulta pública”, protesta o estudante.Uma manifestação conjunta das representações estudantis de Itabira e de Itajubá ocorreu em frente às respectivas salas onde acontecia uma reunião do Conselho Universitário (Consuni), com participação de representantes dos campus das duas cidades.

Em reunião com os professores José Eugênio Lopes de Almeida e Élcio Franklin Arruda, nomeados pela reitoria para os cargos de diretor e vice-diretor do campus de Itabira, os representantes dos estudantes disseram que nada há contra eles pessoalmente.“O que ele nos disse para justificar a nomeação foi que os professores nomeados estão mais afinados com a política da reitoria, o que facilita a boa administração do campus de Itabira, por haver mais sintonia. Mas isso não nos convence”, assegura o estudante.

Asseguraram que os protestos irão continuar pela falta de democracia na Unifei. “Nos foi dito que estamos desrespeitando o professor Eugênio, o que não é verdade. Estão querendo desvirtuar a nossa luta, que é pelo retorno da democracia em nosso campus, o que havia anteriormente.”

(deu no viladeutopia)

Blog: Sei não...mas voltando aos meus tempos de aluno, o que aconteceu no período mais crítico e repressivo da nossa história moderna (1969/1973), no auge do AI-5 (instituÍdo em dezembro/1968), imagino que teria a mesma reação dos colegas de Itabira. O tempo passou e mudanças aconteceram, embora muitos ainda não tenham dado conta.
Os ares dentro de uma Universidade têm que ser de liberdade, de diálogo, e logicamente com respeito entre dirigentes, professores, funcionários e alunos. 

Viver é Perigoso

5 comentários:

Anônimo disse...

Dagoberto é democrático.
Ele até assinou uma ordem neste sentido.
Democrático. Democrático. Democrático.
Expulsem quem não concordar.
Atenta contra a democracia.

Edson Riera disse...

Democracia -

Simplificando e fazendo pilhéria num momento sério, talvez a recente e forte aproximação do Professor Reitor e o Prefeito, acontecida em tempos recentes, ambos tenham sido envolvidos pelo espírito democrático.

Zelador

marcos antonio de carvalho disse...

ŤUniversidade não deve existir para vender (doar, alugar) franquia.
Universidade não deve existir para atingir meta de número de alunos sob seu manto e tradição.
Universidade não é balcão de negócios, nem mercantis muito menos políticos.
Universidade deveria ter seu corpo docente avaliado anualmente por comissão externa, independente, cujos membros não poderiam ter quaisquer vínculos com os do citado corpo docente. Para Os 10% pior avaliados: reciclagem ou rua!
Universidade que se preza deve ter metas de "qualidade de ensino":publicações científicas (mesmo!!), performance dos alunos em seus respectivos primeiros empregos, participação em congressos sérios (relatorios disponiveis para alunos e curiosos em geral, etc), enfim, aquelas qualidades que gente com certa experiência consegue farejar em poucos minutos de contato com avaliados (ôpa!!).

Acho que essa "filial" é produto de vaidade (Eclesiastes, 1).
De uma corrida de "dotôres" por promoção e poses em revistas corporativas de tiragem alta e índice de leitura inversamente proporcional.

Especulação: Itabira é terra de mineração (predominantemente), se estava certo o poeta de lá.

Ouro Preto também tem ligações com lavras de minério, se não nos mente a historia. Lá, existe uma Universidade Federal que chamávamos Escola de Minas de Ouro Preto. Por quê essa "franquia não foi feita com Ouro Preto!!??
Minério com Minério? Metalurgia com Metalurgia? Siderurgia com Siderurgia?

Enfim, parece que existe algo mais que aviões de carreira nesses ares montanheses...Soprados por ventos misteriosos (???).

Anônimo disse...

Zelador

Dizem que as faculdades , universidades tem como função preparar os alunos para o mercado .
Logicamente o mercado deveria definir a grade escolar .
Só que esta lógica acabaria com os famosos caderninhos pretos , e reciclar e se atualizar não faz parte da vida dos nossos mestres . Simples assim . Não existe futuro .

Edson Riera disse...

Não Existe Futuro -

Aprendemos muito de engenharia na nossa Escola. Eletricista, com topografia, desenho técnico, resistência dos materiais, metalurgia, termodinâmica, etc.

Aprendi muito mais sobre a vida, em todos os sentidos, com os professores.

Os tempos eram outros.

Zelador