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sábado, 17 de fevereiro de 2018

E POR FALAR EM PASSA QUATRO


Passa Quatro ficou conhecida em todo o Brasil quando da Revolução de 1932, por ter sido palco de duríssimos combates entre paulistas e mineiros,quando da Revolução de 32 Passou para a história a luta no túnel ferroviário na divisa de Minas e São Paulo.

Mais adiante, foi destaque por ter sido berço de jovens rebeldes. Todos já leram que o Oswaldo Orlando da Costa, conhecido como Oswaldão, que passou uma temporada estudando na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou e que se tornou líder guerrilheiro marxista na Guerrilha do Araguaia, é de lá.

Sem ter lutado nada e com fama de revolucionário, também é do conhecimento geral que Passa Quatro é a terra do Zé Dirceu.

Conversando com o meu amigo Rev. Ephrain, fiquei sabendo que o Ivan Mota Dias, nasceu um Passa Quatro.Nasceu no dia 29 de outubro de 1942, filho de Lucas de Souza Dias e de Nair Mota Dias.

Estudante de História, na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, foi professor do cursinho pré-vestibular da própria Universidade e militante do movimento estudantil. Ivan não conseguiu concluir o seu curso de História na UFF. 
Em dezembro de 1968, por sua participação no Congresso da UNE em Ibiúna/São Paulo, teve sua prisão preventiva decretada, passando a viver na clandestinidade.

No período em que ficou clandestino no Rio de Janeiro, fazia traduções e morava num quarto alugado, numa rua perto da Central do Brasil. De 1968 a 1971, dava notícias, regularmente, para a família, através de cartas ou telefonemas, sem nunca deixar o endereço.

Sua prisão ocorreu no dia 15 de maio de 1971, provavelmente no bairro carioca de Laranjeiras, por agentes do CISA e, apesar de levado imediatamente para as câmaras de tortura do Aeroporto do Galeão, foi dado como foragido pelas forças da repressão.

A única notícia que a família recebeu sobre Ivan foi um telefonema anônimo que denunciava sua prisão. Inúmeros contatos foram feitos, buscando alguma notícia ou informações sobre seu paradeiro. Diversos habeas corpus foram impetrados e negados sob a alegação de que Ivan não se encontrava preso em nenhuma dependência militar.

Há relatos de que ele foi mandado para a Casa da Morte em Petrópolis.

Em sua homenagem, uma rua no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, foi batizada com seu nome: Rua Ivan Mota Dias.

De Passa Quatro, também são os meus amigos Dr. Aldo e o Eng. Antonio Carlos, da Musa.

Uma geração politizada.

Viver é Perigoso 

5 comentários:

Anônimo disse...

Mas quem manda lá é o Ze Dirceu né! O povinho metido e arrogante meu!

Edson Riera disse...

Passa Quatro -

Nada. Terra de grandes amigos, onde continua mandando o Dr. Aldo. O Antonio Carlos, para os amigos, Pinduca, em plena ditadura indicou o meu nome/endereço para receber uma revista "cultural" russa, em espanhol. Com o endurecimento da revolução, todos os assinantes foram chamados para esclarecimentos.
Formei na nossa Escola com o Bonani, que já tomou o barco. O Wanderley do Xodó, também é de lá.

São rebeldes por natureza. O Aldo hoje é de direita.

Zelador

Túlio Vargas disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Edson Riera disse...

Dr. Juscelino serviu em Passa Quatro como médico do Exército durante o conflito de 32. Outro orgulho para o aprazível Município. Túlio Vargas;

Edson Riera disse...

Dr. Túlio -

Realmente, o Dr. Juscelino serviu com Ten Médico na Revolução de 32, em Passa Quatro, do lado da força federal.

Abraço,

Zelador