Bons momentos. No início dos anos 60 a cidade gravitava em torno da "Praça de Esportes". Tirando as piscinas do Batalhão e da Imbel (eram restritas) a do ITC era a única da cidade.
O Clube era dirigido pelo Sr. Álvaro Mandolesi (da padaria), pelo Roberto Lamoglia (estudante ainda) e sob a gerência de José Luís Chiaradia, o famoso e saudoso Califa.
Ah, nos exames médicos (eram obrigatórios para nadar), o Dr. Orlando.
Com a novidade da piscina, a molecada (eu tinha 13 anos) nadava com chuva, com frio e até com sol. O ambiente era sensacional e a palavra do Califa inquestionável.
Um detalhe me desagradava e custou para mudar o meu pensamento a respeito. Falo do som dos alto-falantes e das músicas que tocavam (creio que era o gosto do Presidente Roberto Lamoglia). Em plena era do rock and roll, descobriram um LP de um cantor baiano e um ritmo novo, que não tinha nada com piscina, esporte e brincadeiras.
Era a bossa nova e o cantor, João Gilberto. A música repetida centenas de vezes por dia era "Chega de Saudade" (Vinícius/Jobim). Era um saco.
Confesso que fui aprender a gostar de bossa nova já perto dos 30 anos. Virei fã de João Gilberto. Não sabia o que era bom.
Viver é Perigoso