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sábado, 29 de abril de 2017

CANTINHO DA SALA

Gustav Klimt
Viver é Perigoso

AOS COSTUMES !


Viver é Perigoso

VÂNDALOS ! OU MELHOR, HUNOS !


Acontecimentos ocorridos na noite de ontem e na madrugada de hoje provocaram indignação. A televisão mostrou a selvageria nas Praças de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O som, ou melhor, o ruído exalado do parque de exposições de animais, que ontem avançou até ás 03:00 da madrugada, espalhando indistintamente contra os bairros próximos, foi também um ato de selvageria. Algo acima dos 100 decibéis, bancado parcialmente com recursos públicos, possivelmente em compensação a cessão de camarotes nababescos, oxalá, com parcela acentuada de "boca-livre".

Nas capitais o fuá foi até às 23:00 horas. Na terrinha, começou às 23:00 horas.

Sobre o acontecido no Rio e em São Paulo, cansaremos de ouvir a palavra "vandalismo", que segundo o dicionário, significa " o “ato ou efeito de produzir estrago ou destruição de monumentos ou quaisquer bens públicos ou particulares, de atacar coisas belas ou valiosas, com o propósito de arruiná-las”

Sobre o acontecido em Itajubá, com previsão de repetições nas madrugadas de amanhã, de segunda e de terça-feira, pouco será ouvido sobre a palavra "respeito". 

Deve seu nome aos vândalos, povo germânico que no século V invadiu a Península Ibérica, fundou um reino no Norte da África e, em 455, saqueou Roma.

Vandalus era como um vândalo era chamado em latim, palavra enraizada no germânico Wandal, “nômade, errante”. Seja como for, o substantivo vandalismo só seria cunhado em francês (vandalisme) muitos séculos depois, nos últimos anos do século XVIII, pelo sacerdote católico Henri Grégoire, bispo de Blois.

Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona, nasceu na região norte da África em 354. Na primavera de 430, os vândalos invadiram a África romana e cercaram Hipona. Agostinho já se encontrava doente e teria passado os seus últimos dias em oração e penitência, com salmos pendurados nas paredes de seu quarto para que pudesse lê-los. Antes de morrer, ordenou que a biblioteca da igreja de Hipona e todos os seus livros fossem cuidadosamente preservados, e faleceu finalmente em 28 de agosto de 430. Os vândalos, não muito tempo depois, incendiaram a cidade, destruindo tudo menos a catedral e a biblioteca de Agostinho.

A história registra que, possivelmente bem mais violentos por guerras, destruições e pilhagens, dentre os povos bárbaros, foram os hunos, liderados por Átila.  Eram nômades e a principal fonte de renda dos hunos era a pratica do saque aos povos dominados. Espalhavam o medo, pois eram extremamente cruéis com os inimigos. 

Noites indormidas levam-nos a colocar no mesmo cesto, vândalos, hunos, Santo Agostinho e empresários de mafuás, autoridades sem prumo, responsáveis pelo ambiente, pela manutenção da ordem e pela preservação dos direitos.

Para os ouvidos sensíveis que se revoltam com o som apurado de blues e jazz vindos das eletrolinhas Sonata das "republicas" do BPS, o trovejar contínuo do Parque de Exposição de Animais, seria considerado "a mãe de todos os rúidos".

Oremos.

Viver é Perigoso 

REFORMA JÁ !


Pela reforma imediata, ampla e irrestrita, do STF. Aposentadoria forçada, com todos os direitos preservados, como sempre, dos ministros Gilmar Mendes, Toffoli, Lewandowski e Marco Aurélio. Para começar.

Clarin da Boa Vista