Antes que me torne um eremita completo, ocuparei este espaço para falar e discutir um pouco, com simplicidade, sobre a vida, com suas alegrias e tristezas. Pode ser que acabe falando comigo mesmo. Neste caso, pelo menos prevalecerá a minha opinião.
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quinta-feira, 27 de abril de 2017
REFORMAS SÃO NECESSÁRIAS
Que o governo está enroscado até o pescoço com denúncias de corrupção, ninguém tem dúvida. Que no devido tempo todos serão punidos, de uma forma ou outra, e de preferência também pela rejeição nas urnas, é questão de tempo.
Que o Sr. Michel Temer está no poder legitimamente, sem dúvida. Sua desastrada antecessora sofreu o processo de impeachment seguindo a determinação da constituição e teve acesso a formidável aparato de defesa.
Quem votou no Temer como Vice foram aqueles que se encontram, em maioria, na oposição. Lulistas, petistas e desmamados do poder.
As Reformas podem e devem ser discutidas e debatidas nos seus detalhes e nas suas implicações, mas são totalmente necessárias, mesmo que sejam implantadas em etapas.
A greve geral prevista para sexta-feira, dia 28 é política. Todos os brasileiros, exceto os responsáveis por setores críticos, têm pleno direito a cruzar os braços quando julgarem necessários.
Todos os brasileiros têm que pagar pelas horas não trabalhadas, de um jeito ou de outro. Fora disso é férias ou feriado.
Dois acontecimentos sobre o tema estão gerando curiosidade local.
Primeiro, foi que a Prefeitura Municipal de Itajubá, através da Portaria nº 237/2017, assinada pelo Secretário da Administração, praticamente, aderiu ao movimento grevista, informando que não haverá expediente, na próxima sexta-feira, em todas as unidades públicas municipais, incluindo os serviços básicos de saúde e unidades educacionais.
Compensação das horas não trabalhadas, programadas segundo as Calendas Gregas.
Segundo, foi o posicionamento contrário do Deputado da Região, Dimas Fabiano, do PP, ao texto básico da Reforma Trabalhista aprovado ontem pela Câmara Federal. O que foi isso companheiro ?
Mesmo com arranhões, possivelmente, sobreviveremos todos.
Viver é Perigoso
LULA - O FLEXÍVEL
Ontem em Manaus (16/10/2010) Lula criticou os movimentos sindicais que atualmente fazem greve no País. Comparou alguma ações grevistas às ações dos traficantes dos morros do Rio de Janeiro.
Lula criticou a postura de alguns dirigentes sindicais que promovem paralisações e, em seguida, reclamam do corte dos dias parados.
"Quer ver alguém aprender a fazer greve e ele perder os dias. Fiz muitas greves na vida e nunca pedi para reivindicar (?) os dias parados.
Greve é guerra e não férias. Se o cara faz greve e recebe os dias parados, os domingos e ainda vai reivindicar hora extra, que diabo de greve é essa ? "
16 de junho de 2010 - Lula em Manaus
Publicado no Viver é Perigoso em 17/10/2010
AMOR IMORTAL MORRE DE TARDE
Fernando Botero |
De tarde, ao dobrar uma esquina, aquele encontrão. Mercedes Pires nem reparou nele, que foi sua grande paixão. Aniceto de Castro, o Castrão das Rendas Aduaneiras, também em Mercedes não reparou. Esteve na curva de 1922, a pique de meter uma bala no casco pela beleza em flor de Mercedes. E Mercedes, pelo bem querer de Castro, quase abriu os pulsos com uma faca de cortar mortadela. Do talho aos jornais era pulo de periquito. E até imaginou o berro das manchetes: "Linda moça de Cordovil morre por um amor impossível." Mas entre o tiro que não houve e a faca que não cortou, a folhinha da parede desfolhou quarenta bem passados anos.
E de repente, na dobra de uma esquina, aquele esbarrão. Castro nem reparou em Mercedes. Falou para dentro, para o ouvido de seu suspensório:
- Uma ilha desta tonelagem devia andar no meio da rua, com placa de caminhão nas costas. É páreo para ônibus e não para gente de calça e botina.
Mercedes também não reparou em Castro. Falou sozinha:
- Cada tipo esquisito ! Parece, de tão gordo, que está esperando criança. Se tivesse espelho em casa devia reparar que aquela sua cara de engomador elétrico não pode usar óculos e nem costeleta. É cara para tomada de parede.
E assim um passou pelo outro. Perdidos na distância de quarenta anos.
José Cândido de Carvalho
Viver é Perigoso
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