Os bancos foram os primeiros (sempre eles) a desfazer dos prédios imponentes onde funcionavam as suas agências. Não havia mais necessidade de mostrar lastros e exibir solidez. O negócio deles é grana e com ela em mãos fazem mais grana. Venderam seus prédios à vista com o compromisso de os alugarem por 10, 15 e 20 anos. O dinheiro recebido na venda rendia muitas vezes o valor do aluguel que passou a ser para. Entrou nos custos e reduziu o Imposto de Renda.
Para o comprador, a certeza de ter um patrimônio garantido e rever um aluguel mensal um pouco acima do vinha recebendo com o capital na poupança.
Em seguida vieram as industrias e as grandes lojas comerciais. Fizeram o mesmo. O Recurso das vendas dos imóveis foi para a produção e capital de giro.
Agora, de forma estranha, o governo mineiro (Fernando Pimentel), como todos os outros governos, totalmente sem recursos, propõe a venda de grandes prédios públicos pertencentes ao Estado, inclusive o Centro Administrativo recentemente construído pelos Aécio e Anastasia, com o imediato compromisso de aluguel. Tudo por um longo período determinado. Desta vez, salvo engano, com o retorno do bem ao Estado, finalizado o contrato. Lógico que o aluguel será bem mais elevado.
No caso dos bancos e outros empreendimentos privados, as ações criativas foram um sucesso. No caso de bens públicos, pelo que a história nos tem mostrado diariamente, a intenção pode ser tomada como um desmantelamento e pulverização do patrimônio.
Só falta a ideia proliferar pelas cidades do interior.
Viver é Perigoso