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quarta-feira, 5 de abril de 2017

OS RUSSOS ESTÃO CHEGANDO


Quem tomou o barco entre 1969 e 1973, caso, por uma mágica, acordasse hoje, deitaria de novo e puxaria de volta a tampa.

No período, um colega de Escola foi chamado no Batalhão para se explicar sobre um perigoso livro de Cálculo Diferencial e Integral de um perigoso autor russo, chamado Nikolai Semenovich Piskunov.

Um amigo, hoje líder no mercado de licores especiais, passou pela solitária, a pão e água, por ter em seu quarto de estudos um poster da sua musa, uma bela atleta soviética recordista nas Olimpíadas de Tóquio, em 1964.

Outro grande amigo, hoje afamadíssimo médico no interior, foi detido, ficando praticamente incomunicável por um bom tempo, por usar uma jaqueta de inverno siberiano, supostamente ganha de presente do seu conterrâneo de Passa Quatro, Oswaldo Orlando da Costa, conhecido como Oswaldão, que passou uma temporada estudando na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou e que se tornou líder guerrilheiro marxista na Guerrilha do Araguaia. 
Tal episódio (da prisão) ficou famoso por dar origem aos estudos sobre a chamada "Síndrome de Estocolmo", caracterizada pela posterior aproximação e admiração do sequestrado pelos seus algozes.

Por ter como ídolo o bailarino russo Mikhail Baryshnikov e tentar imitar desajeitadamente seus gestos, um jovem da Boa Vista, que usava o codinome de Robert Mitchum, foi recolhido e submetido a longo interrogatório.

Pois bem, reparem bem no que acontece hoje por estas bandas:

"Um telescópio russo para mapeamento de detritos espaciais será inaugurado nesta quarta-feira em Brazópolis. O projeto é resultado de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira e a estatal russa Roscosmos para monitoramento do céu. A cerimônia acontece no Observatório Pico dos Dias, onde o equipamento foi instalado. É o primeiro telescópio deste tipo instalado no Brasil, que também é o primeiro país a receber o projeto da Rússia.

O investimento no projeto foi de cerca de R$ 10 milhões feito todo pela Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos). Parte da verba, utilizada no Brasil para construção do prédio que abriga o telescópio e logística da obra, foi gerenciada pela Fundação de Apoio à Indústria de Itajubá - Fupai, onde fica a sede do Laboratório Nacional de Astrofísica. Os russos forneceram o equipamento e fizeram a instalação do telescópio. A obra teve início em novembro do ano passado, e em março, as primeiras imagens de teste já foram geradas.

O objetivo é fazer um mapa de todos os detritos espaciais que estão em órbita da Terra, que são os pedaços de satélites velhos ou de foguetes que foram lançados e que continuam em órbita.

A instalação do telescópio faz parte do projeto da Agência Espacial Russa intitulado Panoramic Electro-Opical System for Space Debris Detection (PanEOS) que prevê a construção e operação de uma rede de instalações desse tipo de telescópio na Rússia e em vários outros pontos do planeta. 

Representantes russos e autoridades brasileiras estarão presentes no evento. "

É o fim dos tempos. Não bastasse os chineses estarem invadindo a Rua Nova.

Viver é Perigoso

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