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sexta-feira, 20 de maio de 2016

CLÃS DA BOA VISTA


Sempre moraram na Rua Tomaz Wood, na Boa Vista, é claro. Luiz Martins Riera e Dona Maria. Pais da Arlete, que há muitos anos, casada com o Zé Nelson, mudou-se para São José dos Campos, para onde também foi, mais tarde, a Moça Bonita Cleonice. O Olavo, da Ditinha, mora em Santa Rita do Sapucaí, a Claudete e o Carlos, sempre moraram em Itajubá. A Claudineia, casada com o Luis Fernando Werdine Salomon, depois de longas temporadas em Santa Catarina, voltou a morar na terrinha.
Dos irmãos Riera, o Luiz sempre foi o mais voltado para a participação direta nos assuntos da comunidade. Fundador do Bar e Sorveteria Caçador, um marco na história da cidade. Importou para a inauguração, no início dos anos 50, uma avançada máquina italiana Cattabriga, que os dias de hoje funciona na Sorveteria do Getúlio Piazzaroli.
No dia da inauguração, sorvetes e picolés grátis para toda a criançada. Apareceram meninos, da então distante Vila Izabel e da Avenida, para conhecer a guloseima.
Luiz Riera, em parceria com o Padre Adão, fundou a Banda Lira de São José, existente e com sede própria na Boa Vista. Fundador do Supercampeão, Vasco Futebol Clube, cuja sede foi por muitos anos no próprio Bar Caçador.
Político e Vereador pelo PTB. Parceiro do Dr. Belarmino Mendes de Carvalho, José Maria Campos e de outros grandes cidadãos. 
Diretor da Liga Itajubense de Futebol e Presidente da JDD (justiça esportiva). Sabiamente responsável pela suspensão das atividades esportivas por 360 dias, do rebelde e irresponsável e ruim de bola Zezinho Riera. Segundo ele, na época, para dar exemplo.
Homem extraordinário, que acolheu para trabalhar no Bar Caçador os meninos da conhecida família Bigodinho. Órfãos criados pela irmã Neide. Entregavam leite nas residências, faziam picolé e. obrigatoriamente, frequentavam o Grupo Escolar Carijó, também conhecido como Rafael Magalhães. Pescador e caçador.
Dona Maria foi a mais competente e criativa doceira da Boa Vista. Doce Dona Maria.
Luiz Riera tomou o barco, quando de um acidente de carro, nas proximidades de Santa Rita do Sapucai. Vindo de Gardenia de Campinas, onde fazia estágio, vi o Fusca vermelho cerâmica JY, com final 04, acidentado no acostamento da Rodovia BR-459.
Com um nó na garganta pressenti que o Tio Luiz poderia ter partido. E aconteceu.

E a vida...
   
Viver é Perigoso

MOMENTOS MÁGICOS



Fica a impressão, que se estivessem entre nós, Tom Jobim e Vinícius de Morais, não estariam dando a mínima para a existência de Ministério da Cultura ou Secretaria da Cultura. Estavam em outra dimensão desses debates inócuos e fora de hora. Vamos arrumar a casa primeiro.

Viver é Perigoso

HOMENS DE BEM

No passado, talvez por mania de grandeza, sempre gostei de estar ao lado de pessoas de mais idade do que eu. Daí a explicação de ter como grandes amigos, o Aldo Gonçalves e o Virgílio Machado. Hoje é diferente. Os netos me tomam toda a atenção. Antes, aprendia com os mais velhos. Hoje, aprendo com os mais novos.
Lembrei-me logo cedo do aniversário de um grande amigo e inesquecível Professor Marcio Antonio Cury, a quem devo muitos ensinamentos técnicos e regras de comportamento.
Sou da turma de 1973 da Unifei. Convivi (1969/1973) com grandes amigos e irmãos no período mais crucial da ditadura brasileira. Entramos na nossa Escola, já sob o famigerado AI-5, editado em dezembro de 1968. Bons tempos.
Fui muito próximo da turma de 1965, a qual pertenceu o Professor Cury. Pela fortíssima amizade que tinha com o Athanásio Sarlas, da mesma turma, e da Boa Vista, é claro, tive a oportunidade, entre os meus 13 e 18 anos, de grandes descobertas com esse pessoal.
Quase todos foram meus professores, na escola e na vida. Grandes lembranças do Otto, lá de Santos. Do Arnaldo São Benedito, com quem me encontrei profissionalmente, anos depois, em Manaus. Do Benedito Ernesto, o "Canhão do Pacatito", professor de matemática que tomou o barco tão cedo. Carlos Alberto Faria, companheiro do Clube Itajubense, com quem sempre encontro. Do Carneirão, professor de física que conseguiu-me estágio na Nativa. Professor Flávio Azambuja, sério e de poucas palavras. Manoel Oca, cunhado do meu amigo Tainha. Professor Marcílio de Souza, Professor Marino. Professor Oswaldo Crespo, o amigo também da Boa Vista, é claro, Hélio Angelo. E em especial o Roberto Lamoglia, com quem falava francamente e o grande, em todos os sentidos, Peter Bungart.
Mandando um abraço para o aniversariante, de Três Corações, é claro, Márcio Cury, abraço todos aqueles citados que tentaram me ensinar. Se não aprendi muito, a culpa foi minha.
Sem olhar para o passado, corremos o risco de titubear no presente e não conseguir vislumbrar o futura.
É a vida...

Viver é Perigoso 

ABRINDO O BICO


MOÇA BONITA

Adriana

BURACO NACIONAL


A gente se dá conta da nossa data de validade, quando lê que hoje, 19 de maio, completam 52 anos do início da "Campanha Ouro Para o Bem do Brasil", em Itajubá.
Foi em 1964, poucos dias após o "golpe de 64". Gostoso falar em golpe.
Aconteceu na Praça Amélia Braga, em frente ao Fórum Municipal, com banda de música, fogos e grande concentração cívica.
Os casais que doassem suas alianças de casamento, por exemplo, receberiam de volta alianças de metal e um diploma com os dizeres: “Doei ouro para o bem do Brasil”. Houve quem doasse colares, brincos e outros objetos de ouro, até dinheiro do próprio bolso, para ajudar o país a se levantar
Venceslau Braz ofereceu a caneta de ouro, com incrustações de pedras preciosas, com que assinara a Declaração de Guerra à Alemanha, por ocasião da 1ª guerra mundial.
Duas notas não muito alegres: Eu estava presente no evento com meus 16 anos e no impulso doei uma correntinha, banhada a ouro, que carregava no pescoço.
Justificativa: Ficava emocionado com foguetes, dobrados da Lira São José e os inflamados discursos do locutor oficial, Sr. Sebastião Inocêncio Pereira.
A revista “O Cruzeiro”, em 13 de junho de 1964, apresenta um balanço parcial da campanha informando que mais de 400 quilos de ouro e cerca de meio bilhão de cruzeiros haviam sido doados pelo povo.
Jamais foi informado onde foi parar todo o ouro e o dinheiro arrecadado.
Pelas noticias vindas do governo Temer, sobre o buraco nacional, poderemos ter outra campanha nos mesmos moldes. Dessa vez, sem a minha correntinha.
É a vida...

Viver é Perigoso 

ACABOU A MAMATA

O presidente em exercício Michel Temer determinou, a suspensão do pagamento de patrocínio de empresas estatais previsto para ser efetuado em evento de "blogueiros progressistas". O alvo da ação é o encontro 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, previsto para ser realizado a partir de amanhã, até domingo, em Belo Horizonte. 
A previsão era de que a Caixa Econômica Federal destinasse cerca de R$ 100 mil ao evento.
Na programação do encontro, entre os temas de discussão propostos, está o "ato político em defesa da democracia e contra o golpismo midiático" e "as forças políticas e a democratização da comunicação".
A presidente afastada Dilma Rousseff vai participar da abertura e o encontro deve ter um ato de defesa do mandato da petista. 
A decisão de participar do evento foi tomada “no bunker” que Dilma montou no Palácio da Alvorada, após ser afastada pelo processo de impeachment. Dilma deve chegar a capital mineira por volta das 20 horas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi convidado para o evento, mas não deve comparecer.

Viver é Perigoso