Ontem, terça-feira, cerca de 150 prefeitos ligados à Associação Mineira dos Municípios, se reuniram em um puxadinho na sede da entidade, em Belo Horizonte, para discutir uma fórmula para enfrentar a crise econômica. O mote do encontro foi “agir mais e falar menos”.
Os prefeitos transformaram o encontro na capital em um palanque de críticas voltadas ao governo federal.
Reclamaram bastante da queda de 22% de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do novo piso do magistério e do que classificaram como judicialização da saúde.
Atacaram ainda o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de repatriação de recursos e se posicionaram favoráveis à volta da CPMF, o imposto do cheque, se o recurso for repartido para os municípios. “Os municípios não têm dinheiro. A situação é de calamidade pública”, afirmou Antônio Júlio, presidente da AMM.
O prefeito de Pirapora, Leonardo Silveira (PSB), foi um dos mais ovacionados. Em discurso inflamado, “ensinou” os colegas a driblar a judicialização da saúde. Isso ocorre quando o cidadão procura e não encontra atendimento médico na rede municipal de saúde. Sem conseguir cirurgia, medicamentos e alimentações especiais, o cidadão tem procurado a Defensoria Pública e o Ministério Público. Esses órgãos, por sua vez, entram com ações na Justiça obrigando a prefeitura arcar com despesas.
Em Pirapora, no entanto, o prefeito Silveira tem se antecipado e a própria prefeitura vem patrocinando ações para incluir o Estado e União nas ações propostas. “É uma forma de compartilhamento de responsabilidade. Não podemos arcar com tudo sozinhos”, explicou o gestor, arrancando aplausos dos presentes.
Blog: Não sei se o Prefeito da terrinha esteve presente no chororô. Por aqui ainda existe muita gordura para queimar.
Viver é Perigoso