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terça-feira, 18 de outubro de 2016

LEI DA TRANSPARÊNCIA


Lei de transparência na Suécia completa 250 anos. Graças a ela, os cidadãos podem acessar qualquer informação dos políticos.

O que acontece quando um cidadão sueco quiser acessar todo o conteúdo da conta de e-mail oficial de qualquer funcionário público ou a informação contida em seu celular corporativo, seja de um diplomata ou do primeiro-ministro? 
O funcionário não só é obrigado a revelar os dados, como também a deixar qualquer outra tarefa para atender às rigorosas exigências das leis de transparência do país nórdico. “Não há nenhuma desculpa”

A Suécia está há anos situada entre os países menos corruptos do mundo na lista da ONG Transparência Internacional, e nem seus cidadãos nem seus políticos cogitam qualquer mudança na legislação. 

Jonas Nordin, historiador da Biblioteca Nacional da Suécia, relata que essa lei surgiu no século XVIII, durante a “chamada era da liberdade, quando, durante duas gerações, a Suécia foi governada pelo Parlamento. 

"Rapidamente os suecos perceberam que precisariam de um marco para a discussão livre, e também queriam saber o que ocorria na Administração e no Parlamento. O impacto dessa norma ao longo da história sueca foi tremendo. É uma lei fundamental como jornalista, mas sobretudo como cidadão. Somos tão corruptos quanto qualquer outro país. A diferença é que aqui há muito mais chances de você ser apanhado. O simples fato de ser possível exigir uma transparência total nos torna melhores como sociedade.
A transparência total provoca problemas, sem dúvida, e de fato todo o complexo sistema de autorregulação da imprensa sueca se baseia no seguinte conceito: o que se pode publicar é muito mais amplo do que o que se deve publicar.  

Guillermo Altares (resumido) - El País

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