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terça-feira, 4 de outubro de 2016

GUERNICA


Seria possível uma obra ser terrível e maravilhosa ? Sim, creio eu. 
O mural "Guernica" do espanhol Pablo Picasso. Sempre estou apreciando a obra. Encanta e proporciona temor. 
Mostra a visão do artista sobre a tragédia que representou o covarde bombardeio à cidade basca de Guernica. 
O mural completará em 2017, oitenta anos. Foi exposto pela primeira vez, em 1937, no Pavilhão da Espanha, quando da Exposição Internacional de Paris, onde foi produzido. Rodou o mundo, voltando, com o fim da ditadura franquista, para a Espanha em 24 de outubro de 1981, para o Museu do Prado. Visitou 11 países e participou de 40 Exposições.
Em 1992 foi,definitivamente, para o Museu Nacional Rainha Sofia, na mesma Madrid.
Lá pelos anos 2000, tive o privilégio de conhecer pessoalmente o mural. Fiquei algumas horas, impressionado, no Rainha Sofia.
Não satisfeito, fui até Bilbao e de lá até a cidade de Guernica. A cidade parece parada no tempo, aguardando novamente o trágico bombardeio aéreo feito pela Legião Condor, de Adolf Hitler, no dia 26 de abril de 1937.
Há alguns anos, através de um livro do itajubense Nini Dastre, soube que o Guernica esteve no Brasil em 1953. Único país que visitou, fora dos EUA e Europa.
Esteve exposto na II Bienal de São Paulo, no Ibirapuera.
Sua vinda ao Brasil teve a influência direta do pintor brasileiro Cicero Dias, que morava em Paris e era amigo de Picasso e dele obteve, não sem muita relutância, a autorização para trazê-lo ao Brasil.
Guernica foi exposto no Ibirapuera junto com obras de grandes pintores, como Duchamp, Braque, Paul Klee, Kandinski, Mondrian e Alexander Calder.
Não deu para ir na ocasião. Primeiro, eu não sabia e segundo, só tinha 6 anos.

Viver é Perigoso

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