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terça-feira, 4 de outubro de 2016

COPIEM A AULA MOÇADA !


Num país que enfrenta a escassez de novas lideranças políticas e de ideias, João Doria, o prefeito eleito de São Paulo, foi uma rara exceção na safra eleitoral de 2016, talvez a única grande novidade que saiu das urnas até onde a vista alcança.

Não só por ter vencido as eleições em São Paulo, já no primeiro turno, um feito inesperado e inédito, mas por ter reafirmado, em suas primeiras declarações após o anúncio do resultado, tudo o que disse durante a campanha.

Com o mantra "não sou político, sou gestor", repetido à exaustão, Doria fez a análise correta do que aconteceu: "O recado das urnas, especialmente em São Paulo, é o recado anti-PT. 
Outro recado é a rejeição à velha política. O número de abstenções e votos nulos também reflete esse sentimento de repulsa à má política".

Por ter encarnado este papel de "não político", ele que nunca havia disputado uma eleição na vida, começou a subir nas pesquisas desde o início da campanha na televisão e disparou na reta final, enquanto seus principais adversários caiam, atraindo o voto útil anti-petista, que é majoritário e crescente na capital paulista.

Desencantada com a guerra política, vendo a crise econômica se agravar, acossada pelo desemprego, a maioria deste eleitorado, que se espalha por todas as regiões da cidade, não está nem aí para a eterna discussão de projetos entre esquerda e direita, azuis e vermelhos, nós e eles. Quer soluções, alguém que ponha a mão na massa.

"Eu não sou o candidato dos ricos. Sou rico, mas vou governar para resolver os problemas dos que mais precisam".

"Fizemos compromissos. Não posso me dar o direito de descumpri-los. Vou atender prioritariamente as pessoas que vivem neste cinturão mais pobre".

"Vou ficar os quatro anos. Vou prefeitar. E não vou disputar a reeleição".

Na hora de falar de prioridades, o prefeito eleito foi direto ao ponto: "Será saúde, saúde e saúde. Especialmente na área periférica da cidade, onde há sofrimento. Na sequência, educação. Vamos incentivar o empreendedorismo. Ativá-lo como nunca. É o meu mundo".

Era tudo o que os eleitores deste convulsionado ano de 2016, da recessão que produziu 12 milhões de desempregados, estavam esperando ouvir dos candidatos: alguém preocupado em gerar trabalho, emprego e renda. Se vai conseguir, é outra história.

E vamos que vamos.

Ricardo Kotscho (trecho)

Viver é Perigoso

4 comentários:

Anônimo disse...

Zelador,

Só um pequeno registro, por favor, para reflexão:
1- PSDB, Geraldo Alckmin, Saõ Paulo! .
2- Gestor! Competência, Rico! em dinheiro e inteligência!

+ Na terrinha, se tivesse saído um candidato deste nível (seguimento empresarial) como uma terceira opção; seria eleito!
Mas, a gente fica ai ouvindo um bando de incompetentes metidos a entender de política, é outro pensando só no umbigo, magoas, manias, egoísmo, mentiras, hipocrisia, vaidades, arrogancia, etc, da nisso que deu.

Precisamos crescer...

Anônimo disse...

Zezinho Riera,

Trabalho aqui em SP, sou engenheiro, e pela primeira vez fico feliz de ver um prefeito de verdade, e uma união importante com Prefeitura e Estado, era o que faltava, vai dar certo.
Os paulistanos andam acertando ultimamente, fora Petralhas, rede, e esta corja toda, vamos trabalhar.
Mais, agora o GA vai para presidência e chega desta mineirice de aecio, já era, precisamos tirar a petralhas de MG, eles vão quebrar nossa terrinha.

Parabéns, parece que itajubá continua no caminho certo.

Edson Riera disse...

Anônimo das 16:27 horas,

O Dória é um sujeito bem sucedido no faz, sem dúvida nenhuma. Rico e inteligente, bancou a sua própria candidatura. Deve ter estudado com sua equipe as ansiedades do povo. Não ao político profissional. Não a política antiga e sim a gestão profissional.

Lamento, mas salvo grandes mudanças, na terrinha teremos o contrário.

O Dória terá que se haver com a Câmara de Vereadores e veremos seu jogo de cintura.

Tenho esperança no Dória e claro, no GA.

Abraço

Zezinho Riera

Edson Riera disse...

Anônimo das 16:19 horas,

Sinceramente ? Itajubá está lascada. Os políticos são antigos ou em idade ou em ideia/comportamento. Empresários estão tentando apagar incêndios nos seus negócios. Aqueles já com o burro amarrado na sombra, não têm visão social e ausência de vontade pessoal, como tiveram, por exemplo, o Sr. BPS e Saulo.
A saída seria aparecer algum médico, professor. A curta distância não se vislumbra ninguém.
O centros formadores de lideranças, como associações, clubes, entidades, vivem atemorizados com medo de represálias da Administração Pública.

Entre-safra duradoura e prolongada.

Zelador