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terça-feira, 20 de setembro de 2016

SOB A LUZ DE VELAS


Depois das Eleições
Depois de uma campanha eleitoral animada, a grande vantagem de qualquer eleição democrática é a de o povo sair, finalmente, da sala de estar dos políticos.
É uma sensação de alívio que alguns eleitos descrevem como semelhante ao momento em que uma dor intensa, por qualquer razão obscura, termina.
Depois de qualquer eleição a sensação dos políticos - quer tenham perdido quer tenham ganho - é a de que o povo mais profundo acaba de entrar todo num comboio, dirigindo-se, compactamente, para uma terra distante. Esse povo voltará apenas, no mesmo comboio, nas semanas que antecedem a eleição seguinte.
Esse intervalo temporal é indispensável para que o político tenha tempo para transformar, delicadamente, o ódio ou a indiferença em nova paixão genuína.

Gonçalo M. Tavares

Viver é Perigoso

5 comentários:

Anônimo disse...

"Esse intervalo temporal é indispensável para que o político tenha tempo para transformar, delicadamente, o ódio ou a indiferença em nova paixão genuína."
Exatamente como age o Chico.
Já odiou o Jorge, O Ulysses e Cia Ltda, hoje uma paixão genuína!



Edson Riera disse...

Anônimo das 13:14 horas,

Não vejo como paixão genuína. Apenas estão pensando parecido.
Lembrando, O PMDB, do Tião e Rodrigo, e em muitas dessas ocasiões estávamos próximos, apoio o Rosemburgo, brigou com o Rosemburgo. Apoiou o Saulo, brigou com o Saulo, Brigou com o BPS e apoio o BPS, Apoiou o Ambrosio e brigou com o Ambrosio. Apoio o Chico e brigou com o Chico, Brigou com o Paulo Cesar e apoiou o Paulo Cesar, Esteve ao lado do Dr. Jorge e brigou com o Dr. Jorge. Muitos viraram inimigos e outros apenas adversários.
Na campanha para deputado, o Rodrigo procurará fazer composição com todos adversários e até com os inimigos.

É a vida burra da política.

Zelador

Anônimo disse...

Aí é que mora o perigo!
Brigar, discutir, se afastar é corriqueiro na política.
"Normal" também se aliar com antigos adversários.
Totalmente irreal é se aliar com inimigos.
Quando consideramos uma pessoa inimiga, é porque já se romperam vários limites, como por exemplo; confiança e respeito. E isso não se recupera de uma hora para outra!
Chico e o pessoal do PT não eram inimigos?
Chico, você, eu e muitos outros que já trabalhamos juntos já fomos chamados de ladrões, corruptos e outros impropérios.
E o Chico também os detonavam. Fez diversas retaliações, eu inclusive participei de algumas.
E veja bem, não estou pregando ódio, mas eram respostas a altura das baixarias que recebemos.
E agora estão juntos, desculpe-me, não consigo engolir.


Edson Riera disse...

Anônimo das 14:54 horas,

Existem regras na política, até para brigar. No interior, principalmente, você precisa brigar para mostrar para os seus, que não é nenhum banana. Mas não pode brigar muito forte que tenha depois dificuldades para reatar. Aqui na terrinha, no meu modo de ver, só existe um reatamento impossível de acontecer. Pode até acontecer perdão, etc. Mas creio ser impossível qualquer reaproximação.
Mas não é difícil: Divergi frontalmente da administração Rosemburgo e continuei tendo um relacionamento cordial com ele. O mesmo aconteceu com o Ambrósio, Saulo, BPS e Dr. Jorge. Sempre continuei respeitando e tendo o respeito de todos. Hoje, politica e administrativamente, não temos nada a ver, o que não impede de conversarmos (pelo menos da minha parte) rir juntos e trocar ideias.
Nunca fui morno e as posições sempre foram públicas. O que atrapalha muito, são os chamados assessores (de forma geral), que para mostrar serviço, esticam conversas, romanceiam histórias e até mentem.
No relacionamento político não é necessário beijos, abraços, festinhas de amigo secreto, etc.
Conversa-se e seguem adiante.

Zelador

Anônimo disse...

Zé,
Se Itajubá fosse uma cidade do interior do Nordeste, no tempo do Chico tinha morrido muito petista por aqui. Padre Douglas, Laudelino, Jorjão, etc.. já tinham ido pro saco! E o contrário também seria verdadeiro, talvez não estivéssemos aqui curtindo o seu blog.
Naquele momento e em vários outros, não houve "regras na política" entre eles.
Pode falar o que quiser, o Chico pode ser o vereador mais votado, etc.. mas não terá o meu voto e minha confiança nunca mais!
Já tinha pisado na bola outras vezes, mesmo assim continuei a dar apoio, mas essa coligação com os petralhas para mim é inaceitável.
Em tempo: Eu também tenho uma boa convivência com todos os adversários citados, sem beijinhos, abraços e coisa e tal, mas com respeito e tolerância. Tenho até amigos petralhas, mas fico com o pé atrás. Nunca varia uma coligação com eles, mesmo se estivesse desesperado! Politicamente eles são meus inimigos.