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domingo, 28 de agosto de 2016

EL TANGO

Acaba de sair na Espanha "El tango, quatro conferencias", do Jorge Luis Borges em que grande escritor argentino traça o percurso da história de um ritmo que o mundo inteiro identifica com o seu país.
Em 1965, Borges preferiu algumas conferências sobre o tango, em Buenos Aires. O material teria se perdido, não fosse o fato de que alguém resolveu gravá-las, e, quase 50 anos mais tarde, as fitas acabaram por chegar, por vias rocambolescas, ao escritor Bernardo Atxaga, que as organizou e as doou para que, 16 anos depois de ouvi-las pela primeira vez, se transformassem em um belo livro.
A gênese dessa obra daria um conto, gênero em que o autor era especialista:  as quais constituem quase que um tratado misturando erudição, sabedoria popular e humor, para falar não só sobre essa música, mas também, acima de tudo, sobre a sua cidade, sobre a Argentina, sobre a vida daqueles guapos (machões), valentões, que protagonizam as letras dos tangos.
O tango não é triste, tampouco popular nem suburbano. Ou, pelo menos, não nasceu assim. “O tango surgiu da milonga, e era, no início, vigoroso e feliz. Aos poucos ele foi se enlanguescendo e se entristecendo. Os primeiros tangos eram tocados com piano, flauta e violino. Só depois é que se adicionou o bandoneon, de origem alemã. Se o tango fosse marginal, popular, o instrumento usado teria sido o instrumento tipicamente popular: o violão”, disse Borges, nascido há 117 anos e morto há 30. 
(extraído do El País)

Viver é Perigoso

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