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segunda-feira, 11 de julho de 2016

PARA PENSAR !


.Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão

Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.
Obs: foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio.

- email do meu amigo Joaquim Lemos.

Viver é Perigoso

7 comentários:

Anônimo disse...

Depois dizem uns idiotas por ai que tivemos uma DITADURA e que os militares acabaram com o Brasil.

Pobre Brasil............

M. Feitor disse...

Vendo um post como esse, eu tenho que dar razão a Brecht: "a cadela do fascismo está sempre no cio".

Edson Riera disse...

M.Feitor,

Raciocine em termos de pessoas e não de regimes. O momento está a exigir.

Zelador

M. Feitor disse...

Um regime é feito de pessoas. E Médici pode ter morrido pobre, mas exaltá-lo é um absurdo sem tamanho. É um direito seu, mas é flertar com o fascismo e dar razão a gente da estirpe de Bolsonaro. Não me espantarei de ver daqui há algum tempo exaltações a Brilhante Ustra neste espaço.
E é sempre primordial se fortalecer a democracia e os diretos humanos. Já que estou a fazer citações, cito Churchill: "a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais".

Anônimo disse...

Riera

Como o Brasileiro não tem memória :
O presidente Ernesto Geisel admitiu ao almirante Faria Lima , ao ser questionado se era mesmo hora de fazer a abertura política: “A corrupção nas Forças Armadas está tão grande que a única solução para o Brasil é fazer a abertura”, declaração registrada no livro “História Indiscreta da Ditadura e da Abertura” (Record, 1999), do historiador Ronaldo Costa Couto, doutor pela Universidade de Sorbonne, em Paris.

Alguns casos . Apesar das dificuldades de divulgação estes são alguns que vazaram :
Superfaturamento da Ponte Rio-Niterói
Caso Luftalla (1977)
Jorge Atalla (1979)
Econômico (primeira parte, na década de 70)
Coroa Brastel (1985)
Grupo Delfim
Comissões da General Eletric
Haroldo Leon Peres governador do Paraná

Abraços

Alaor

Edson Riera disse...

M.Feitor,

Entrei na Efei 30 dias após o AI5. Sai em dezembro/73. Período mais duro do regime. A derrubada da bagunça em 1964 foi pedida nas ruas. O regime demorou demais da conta. Eleições gerais tinham que ser convocadas para o mesmo ano. Pegaram gosto pelo poder. Barbaridades foram cometidas por todos os envolvidos.
O email trata do comportamento dos generais no poder.
Concordo com você e com Sir Winston.
Este espaço coloca temas polêmicos justamente para isso.

Zelador

Edson Riera disse...

Alaor,

Ares reais de mudança. Você citando o tucaníssimo Ronaldo Costa Couto. Também li. Imagino que possa ter (e deve ter tido) corrupção no regime militar. Os militares citados acabaram com uma mão na frente outra atrás.
Lamentavelmente, no Brasil de hoje, dirão que eles foram honestos e burros.
Você e eu vivemos e acompanhamos com atenção o período. Não consigo sequer imaginar o Geisel recebendo algum benefício irregular. Ou qualquer deles.

As pessoas eram diferentes e nós sabemos disso.

Abraço,

Riera