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sábado, 16 de julho de 2016

MATANDO AS SAUDADES


Começam a circular pela cidade os chamados deputados da região. Andavam sumidos (exceto o Ulysses que mora na terrinha). Algum aroma no ar os tem atraído para cá. Dizem as más línguas que se trata do perfume exalado pelas urnas eleitorais.
Resumindo a conversa aos deputados federais, Bilaquinho e Dimas Fabiano. 
Nos últimos dois anos, a televisão tem mostrado milhares de reuniões da Câmara Federal. Pegam no batente cedo, ali pelas onze da manhã. E para ser justo, algumas vezes avançam pela madrugada afora.
Tudo bem que a labuta é exercida só as terças, quartas e quinta. Mas convenhamos que ninguém é de ferro.
Tantas discussões, tantos xingamentos, tantas comissões, tantos membros nomeados titulares e suplentes, tantos nomes cogitados nas eleições internas, tantos entrevistados e nunca, mais nunca mesmo, exceto na votação nominal do impeachment, ouvi qualquer menção ou intervenção do Dimas ou do Bilaquinho.
Costumo atentar para varredura promovidas  no plenário pelas Câmaras de Televisão e jamais consegui vê-los. Mesmo nas entrevistas concedidas pelos mais graúdos aos repórteres políticos da TV, nos corredores do Congresso, fixo o olhar naquela turma que circula ao fundo, sempre com andar apressado, pasta na mão e fuçando no celular, tentando ver um deles e nada.
Confesso que já ficaria alegre e bem representado.
Seriam discretos ? Tímidos ?
Ao baixo clero tenho certeza que não pertencem.

Viver é Perigoso
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