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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

ENCERRAMENTO DA TEMPORADA


Sempre gostei de palcos. Desde o existente, em priscar eras, no Pavilhão da Iª Igreja Presbiteriana de Itajubá. Foi lá, quando as cortinas de veludo vermelho se abriram, menino ainda, fiquei encantado com a música Jambalaya (On the bayou), dublada por uma linda menina imitando, mais tarde vim a saber, a Brenda Lee. O encantamento foi tanto, que certa vez, em Nashville, de posse do endereço, pedi que o taxi passasse em frente da sua residência. Coisas de fãs antigos.
Esclarecendo, gosto de palcos a partir do ponto de vista da platéia. Jamais subi em um.
O mesmo parece acontecer com os rapazes da família. O João, já com seus bem vividos 7 anos, sempre fugiu das cerimônias das escolas e igrejas.
Na semana passada chegou a vez do Mateus. Até que adentrou ao palco junto com os colegas. Sob as luzes da ribalta, travou feio. Aparentemente sentiu-se no lugar errado e na hora mais ainda.
No último sábado estava programada a estréia do Luc. E não era pouco não. Direto do Teatro Elis Regina, no Anhembi.
Prudentemente, decidiram que ele participaria de um quadro, sem a utilização de nenhum traje especial. Vestido com roupas normais, como de hábito.
Imagino que os ensaios foram muitos. Em tempo, o Luc está com 3 anos.
Locutor profissional, luzes e som de primeiro mundo. Após um número para aquecer o enorme, atento e exigente público, registre-se, independente e crítico, constituído de implacáveis país, avós, tios e irmãos, fez-se silêncio.
Com sua bela voz, a locutora anunciou:
- Pedimos que a mãe do Luc Riera Rocha compareça ao camarim principal.
Murmurei baixinho para a Sonia, sentada ao meu lado:
- Sujou.
Dito e feito. Na hora do "pega prá capar", um dos nossos artistas prediletos empacou feio. Nem a Mãe, nem artifícios do Eduardo Cunha, nem o Japonês a serviço do Moro, o fariam mudar de opinião.
Definitivamente, nossos meninos não nasceram para brilhar sob a luz dos holofotes. Com certeza brilharão, mas não nos palcos.
Toda a esperança e os olhares voltaram para a doce Sofia. Mais desinibida, na certa provocará os nossos estocados aplausos.
Do Davi e do Tito, avessos ao grande público, em termos de palcos, não temos grandes esperanças. Sérios além da conta.
É a vida...

Viver é Perigoso    

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