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segunda-feira, 2 de março de 2015

O PRIMEIRO MINISTRO DA JUSTIÇA DO BRASIL

Em 1543, Dom João III, Rei de Portugal, encarregou o Sr. Pero Borges de supervisionar a construção de um aqueduto em Elvas.
As obras foram paralizadas antes da conclusão. 
Um clamor de desconfiança se levantou do povo desconfiado de estar o corregedor Pero Borges  recebendo algum "agrado" monetário por fora.
Os oficiais da Câmara de Elvas escreveram então ao rei, solicitando que o caso fosse investigado. Uma comissão averiguou detidamente as contas e apurou que o doutor Pero Borges tinha desviado 114.064 réis, mais de 10% do total da verba - uma fortuna naqueles tempos.
No dia 17 de maio de 1547, condenado "a pagar o dinheiro extraviado", ele também foi suspenso por três anos do exercício de cargos públicos.
Antes de completar dois anos de suspensão, o Sr. Pero Borges foi nomeado pelo Rei Dom João III para o cargo de ouvidor-geral do Brasil em 17 de dezembro de 1548.
Em março de 1549 desembarcou na Bahia na comitiva do então governador geral da colônia, Tomé de Souza.
O seu cargo, que lhe proporcionava um bom salário (200.000 réis/ano)  equivaleria hoje ao de Ministro da Justiça. Registrando que o seu primeiro salário foi recebido antes de embarcar em Portugal.
No Brasil, Pero Borges se deu bem. Não apenas ficou no posto pelos três anos de duração do primeiro governo-geral como também acumulou o cargo de provedor-mor da Fazenda (o equivalente a ministro da Economia) no governo seguinte, de Duarte da Costa, a partir de 1553.
É a vida...
 
(recorte da revista época)
 
Viver é Perigoso 

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