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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

SENHOR MINISTRO


"...Em verdade, o ministro é, acima de tudo, um contínuo (empregado de repartições públicas ou estabelecimentos que leva e traz papéis, transmite recados e faz outros pequenos serviços, segundo diz o dicionário Aurélio sobre este verbete, na sua última edição).

As pessoas se esquecem de que homens e mulheres não nasceram para serem grandes. Um mínimo de grandeza já os desumaniza. Por exemplo: — um Ministro. Não é nada, dirão. Mas o fato de ser ministro já o empalha. É como se tivesse algodão por dentro e não entranhas vivas.

Por isso digo: ou o Ministro é um Benjamin Disraeli (1804-1881), um Otto von Bismarck (1815-1898) ou um Winston Churchill (1874-1965) e o demonstra, ou não passa de um contínuo. No caso das mulheres, o mesmo acontece. A ministra teria de ser uma Margareth Thatcher (1924-2013) ou uma Golda Meir (1898-1978), para ficar apenas com estas duas, por razões sentimentais. A régua que permite separar os verdadeiros ministros ou ministras obedece à mesma norma.

Para provar isto digo:

Não existe ninguém mais vago, mais irrelevante do que um ex-ministro. Concordo com que dizia o Nelson Rodrigues, em parte: um ministro não passa de um contínuo de luxo com direito a água-gelada, cafezinho, casaca e carro-oficial.

Digo que, em parte, as coisas mudaram, recentemente. Foi-se o tempo em que a casaca bastava... O que funciona agora é a demissão, para aquele ou aquela que não cumpra as ordens de quem os nomeou. O que vale é quem foi eleito e não nomeado. Ministro é como executivo de uma grande empresa. Pode ser demitido e perde todas as mordomias. Fica desempregado.

Meraldo Zisman (p/ o Brickmann)

Um comentário:

Anônimo disse...

Secretario é igual.
Cade o "MAIS GRANDE" que o Ado? A SMCIT anda abandonada e aquele livro q o Adilsom escreveu junto com o Ado ja esta sendo usado no banheiro.
Ve se pode.
O rato sai os gatos tomam conta. rarrararrarrar